segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Barreira entre idiomas pode causar o fim do casamento de Cheryl Fernadez-Versini, afirma tabloide britânico

Em 28/12/15 às 20:13 Por: Ricardo Oliveira | Cheryl, Yeah! Notícias

O relacionamento de Cheryl Fernandez-Versini com Jean Bernard não anda nada bem. Segundo publicação do tabloide britânico “Daily Mail”, o primo da cantora revelou que a dificuldade entre o idiomas de ambos está sendo os motivos do afastamento. Explica-se, Jean é francês e não domina a lingua inglesa.
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quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Cinco motivos para incluir o mandarim nas suas metas de 2016

Por Sumara Lorusso

Você já pensou em incluir a língua chinesa no seu currículo? Se sua resposta for negativa, então comece a pensar nessa possibilidade agora mesmo. A cada dia que passa, o Mandarim se torna mais importante e popular, sendo o idioma mais ensinado em todo o mundo. Apesar de parecer impossível de aprender, ele tem gramática muito simples e o curso completo dura cerca de três anos. Se ainda assim, não consegui te convencer, confira a seguir cinco excelentes motivos para você incluir o Mandarim nas suas metas de ano novo!

1) A China é uma potência mundial, não há como negar: O país emergiu de um longo período de estagnação e, atualmente, é uma das grandes potências mundiais. Sua economia só perde para os Estados Unidos e o país não para de crescer. Diariamente, o mercado internacional volta sua atenção para a China. Isso ocorre porque tudo que acontece por lá reflete diretamente na economia de outros países. Faça um teste para notar essa influência e assista ou leia alguns noticiários, sempre haverá matérias referentes ao país. No mundo dos negócios não é diferente e uma coisa é certa: se você nunca negociou com chineses, ainda irá negociar. Ter o Mandarim na manga certamente vai te ajudar.

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quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Latim: a língua morta mais viva na política e no cotidiano nacional

Não são poucos os deputados que preferem começar suas sentenças no Congresso com “data venia”, do latim “dada a licença”

Ao começar com as palavras "Verba volant, scripta manent" –do latim, "as palavras voam, os escritos permanecem"-- a sua já famosa carta à presidente Dilma Rousseff, o vice-presidente e jurista Michel Temer (PMDB-SP) engrossou o coro daqueles que fazem do idioma a língua morta mais viva da atualidade. Até o Google se rendeu e, desde 2010, os internautas tem o latim entre as opções da ferramenta de tradução do site.

"O latim é uma língua morta em termos", explica a professora do departamento de Letras Clássicas da UFF (Universidade Federal Fluminense), Ana Lúcia Silveira Cerqueira. Ela lembra que ele segue como idioma oficial da Igreja Católica, por exemplo, além de ser a base do português e de ao menos outros sete idiomas, como o italiano, francês, espanhol, catalão, galego, provençal e romeno.
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Línguas em extinção

Quando uma língua morre, desaparecem com ela culturas, mitologias e conhecimentos científicos. A má notícia é que estamos no meio da maior extinção de idiomas que a Terra já viu
POR Luiz Romero


Pergunte aos tofas como o mundo surgiu e eles não saberão a resposta. Essa pequena tribo siberiana, situada entre a Rússia e a Mongólia, está esquecendo a mitologia que explica seu próprio nascimento. Esse torpor coletivo é resultado de uma perda ainda maior: os tofas estão esquecendo sua própria língua. "A morte de um idioma começa com um trauma", explica Leanne Hinton, especialista em revitalização linguística da Universidade da Califórnia. "Pode acontecer pela perda de território ou por mudanças forçadas à cultura tradicional."
No caso dos tofas, foram as duas coisas. Eles sempre foram nômades: vagavam pelas planícies da Sibéria com rebanhos de centenas de renas. Depois da revolução comunista, foram obrigados pelo regime a escolher apenas uma região para habitar. Nas décadas seguintes, os adultos tiveram que abandonar o xamanismo e roupas tradicionais, enquanto as crianças passaram a frequentar escolas soviéticas. O tofalar, idioma do grupo há séculos, começava a morrer.
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terça-feira, 24 de novembro de 2015

Falar mais de uma língua pode evitar sequelas de AVC, sugere estudo

Desafio mental de falar vários idiomas pode aumentar nossa reserva cognitiva – habilidade que o cérebro tem para lidar com influências prejudiciais
Falar mais de uma língua não traz apenas benefícios culturais. Segundo um estudo recente feito na Universidade de Edimburgo, na Escócia, ser bilíngue pode ajudar pacientes a se recuperarem melhor de um AVC (acidente vascular cerebral).
(BBC) Falar mais de uma língua pode evitar sequelas de AVC, sugere estudo
A pesquisa foi feita com 600 pessoas que foram vítimas de derrame – o resultado mostrou que 40,5% das que falavam mais de uma língua ficaram sem sequelas mentais; entre as que falavam apenas uma língua, só 19,6% ficaram sem sequelas.
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domingo, 22 de novembro de 2015

Brasil fica em 41º lugar no ranking de fluência em inglês

Mesmo com um aumento positivo do ensino de inglês desde 2007, índice ainda é baixo em comparação com outros países.
22/11/2015
Vinícius Pickler /Prof. orientador Cláudio Toldo (SC0640JP)

O Brasil ficou em 41° lugar no ranking de uma pesquisa sobre os níveis de fluência da língua inglesa no mundo. Participaram do estudo 70 países que não tem a língua inglesa como a oficial nem como segundo idioma. Os cinco primeiros países da lista são todos europeus.
De acordo com a coordenadora da Unidade de Idiomas da Satc (UDI), Ana Paula Puntel, a posição no Brasil nesta pesquisa tem relação direta com fatos culturais e econômicos. “As pessoas acreditam que aprender uma segunda língua é ter status perante as pessoas e não medem a importância que ela possui”.
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sábado, 21 de novembro de 2015

IDIOMAS: Esqueça o "portunhol"

É melhor ser fluente: lá fora existem 500 milhões de pessoas que falam espanhol e que não estão muito dispostas a entender o "jeitinho brasileiro" de falar a língua delas
21/11/2015 08h15
DEFATO

Você com certeza já ouviu alguém – ou você próprio já fez isso – tentando arranhar um espanhol meio mequetrefe, que só muda a entonação da voz e troca algumas letras por outra. Isso acontece muito, especialmente quando os brasileiros vão para alguma nação de língua espanhola. Devido à proximidade entre os idiomas, a maioria das pessoas pensa que na base do “portunhol” conseguirá se comunicar com facilidade nesses países. O resultado disso, no entanto, costuma ser muito aperto e pouco diálogo.

Enfermeira de formação e professora de espanhol por oportunidade, Claudilane de Paiva e Silva, que leciona no CCAA Itabira, conta que lá fora as pessoas não estão muito dispostas a entender o idioma mal falado e as mímicas dos brasileiros. Ela estudou no Uruguai e sentiu na pele a importância de uma comunicação fluente. “A pessoa (brasileiro) acha que é fácil porque ele consegue compreender tudo que escuta. Mas o vice-versa não ocorre. Eles não entendem. Não é só fazer a entonação, é preciso ter o hábito. Às vezes, uma letra faz com que a comunicação não ocorra. É simples (aprender), mas é preciso prática”, comenta.
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sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Megafone traduz instantaneamente para três línguas diferentes

Um novo aparelho futurista da Panasonic pode facilitar bastante a vida de funcionários de aeroporto. O Megahonyaku (junção de «megafone» e «tradução» em japonês) traduz frases em japonês automaticamente para inglês, mandarim e coreano.
O aeroporto internacional de Narita, Tóquio é um dos mais movimentados no Japão, e vai testar o novo produto. Segundo o jornal japonês Mainichi Shimbun, os poderes de tradução do megafone são semelhantes ao de um smartphone.
Se forem adicionados mais idiomas, isto poderia ser uma “bênção” para funcionários de aeroportos em todo o mundo, servindo para divulgar avisos multilíngues como: «Desculpe, todos os compartimentos estão cheios», «Por favor, abra o seu passaporte na página da foto», ou «O seu voo sofreu um atraso».
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terça-feira, 10 de novembro de 2015

Proposta de ensino do árabe em escolas de Israel recebe sinal verde

Em meio à crescente tensão entre israelenses e palestinos, o parlamento de Israel aprovou uma proposta para que o árabe se transforme em língua obrigatória de estudo para crianças a partir de 6 anos de idade.

O plenário votou no final de outubro a favor do projeto legislativo em primeira leitura, após um incomum debate sobre quais devem ser as razões para que o árabe, uma das línguas oficiais de Israel, seja uma disciplina obrigatória no currículo escolar.
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quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Brasil é 41º colocado em ranking de conhecimento de inglês; nível é baixo

Os brasileiros ainda têm um baixo nível de conhecimento da língua inglesa. É o que aponta a quinta edição do Índice de Proficiência em Inglês realizado pelo EF Education First, grupo de educação internacional.

O país ficou em 41º lugar, com 51,05 pontos, classificação próxima a obtida em 2014 e 2013 (38º lugar). Segundo o instituto, os resultados tiveram uma melhora de 1,09 ponto em comparação com a pesquisa do ano anterior.
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sábado, 31 de outubro de 2015

(barreira linguística) Vinícius Lummertz: "O Brasil é um país muito fechado"

ADI Brasil
Francisco D'Carvalho

São esperados de 300 a 400 mil turistas estrangeiros nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016. Para recebê-los, já foram investidos cerca de 20 bilhões de dólares. O retorno direto esperado é de 1,5 bilhão a 2 bilhões de dólares. No entanto, o número que talvez mais interesse para o turismo é representado pelas 5 bilhões de pessoas que estarão assistindo ao espetáculo. Os jogos podem ser a porta de abertura para o mundo que faltava ao Brasil.

Esses números estão na ponta da língua do presidente da Embratur (Instituto Brasileiro de Turismo), Vinícius Lummertz, que concedeu entrevista exclusiva à reportagem da Associação dos Diários do Interior e Central de Diários do Interior (ADI-BR/CDI). Ele comemora os resultados da Copa do Mundo 2014, em que a hospitalidade do brasileiro foi o item melhor avaliado por 98,2% dos visitantes. Porém, há aí um paradoxo: não sabemos falar inglês. E é justamente na comunicação oral em outros idiomas que está nossa pior avaliação.
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segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Esperantistas agora têm sua seleção de futebol

Planeta Bola
Esperantistas agora têm sua seleção de futebol
Equipe foi filiada à NF-Board

Por: Redação PLACAR24/10/2015 às 10:14
O Esperanto foi criado para ser uma língua mundial | Crédito: Revista Placar
A mais recente equipe afiliada à NF-Board (a Fifa das seleções alternativas) representa o idioma artificial mais difundido no mundo: o esperanto. Criado por volta de 1887 pelo médico e estudioso de línguas polonês Ludwig Lazar Zamenhof (1859-1917) para facilitar a comunicação internacional, o esperanto tem, atualmente, cerca de 2 milhões de falantes.
Em março, sua seleção se tornou membro provisório da NF-Board. Até aqui, foram dois jogos. Depois de uma derrota por 8 a 3 para a comunidade armênia que vive na Argentina, em 2014, o time perdeu por 4 a 0 para o Saara Ocidental, como parte do 100º Congresso Universal de Esperanto, realizado em julho, em Lille, na França.
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quinta-feira, 15 de outubro de 2015

'Imposição do Brasil' ou língua do futuro? Acordo ortográfico divide Portugal

Parte da população e da imprensa não adota novas regras e faz com que país conviva com duas ortografias distintas; manifestações pedem referendo sobre assunto.
Mamede Filho
de Lisboa para a BBC Brasil

Portugal não se entende sobre o Acordo Ortográfico. Criado com o objetivo de aproximar as diferentes variantes do idioma, o instrumento é encarado por parte dos portugueses como uma imposição da versão brasileira da língua e uma ameaça real a um dos símbolos de maior orgulho do país europeu.
Diversas razões são apontadas para justificar essa sensação de domínio brasileiro sobre a nova ortografia. Entre as principais, está a retirada das consoantes mudas da escrita lusa, alterando a grafia de palavras como "óptimo" e "acto" para a maneira adotada no Brasil.
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quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Aluno transexual é expulso de faculdade após criticar professora

O aluno transexual Samuel Silva, de 22 anos, foi expulso da Faculdade Cásper Líbero na última sexta-feira (9/10), em São Paulo, após criticar o método de ensino de uma das professoras da instituição em um post no Facebook.
A professora Marina Negri, que enviou um e-mail aos alunos respondendo as críticas, foi demitida.
O caso aconteceu depois que a professora exibiu um filme em inglês e sem legenda para os alunos fazerem uma prova.
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sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Como desaprender um idioma em 5 passos

ALESSANDRA BARBIERI (IPC Digital) – Já escrevi nesta coluna sobre as surpresas “linguísticas” que tive quando cheguei no Japão. Mas, depois de já ter passado algum tempo por aqui, deparei-me com uma situação ainda mais interessante: é possível desaprender um idioma.

O português é um dos idiomas mais difíceis de se aprender. Ainda hoje, na escola, aprendemos (e ensinamos) pessoas e tempos verbais que jamais serão utilizados. Pedir a um aluno que conjugue um verbo nas pessoas “tu” e “vós” é considerado quase um castigo nos tempos modernos. No meu tempo, eu já considerava assim e, confesso, até hoje tenho dificuldades com algumas “pessoas” e alguns tempos verbais.
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terça-feira, 29 de setembro de 2015

A importância das línguas para o mundo moderno

Henrique Gobbi*

Existem cerca de 7.000 línguas faladas no mundo e quase a metade enfrentam o risco de desaparecer até o final deste século. Entre os motivos estão a integração dos povos tradicionais a culturas dominantes e a globalização, segundo a UNESCO. Mas o que acontecerá quando centenas de idiomas deixarem de existir? Afinal, qual é a importância da diversidade linguística para o mundo moderno?

Para entender melhor este assunto, temos que viajar ao deserto do Kalahari, uma das zonas mais remotas da África Austral. Naquela área, vivem os Bosquímanos !Kung, um dos povos mais antigos do planeta. Eles habitam a região há pelo menos 20.000 anos e vivem um estilo de vida nômade, seguindo suas tradições ancestrais até os dias de hoje.
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sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Saiba quais serão as Línguas mais faladas no futuro

A Língua Portuguesa está, atualmente, entre as dez mais faladas no mundo. A Francesa, que nas últimas décadas tem estado em decadência na Europa, poderá voltar a emergir. Saiba quais são os idiomas do futuro.
Hoje em dia, os dialetos chineses têm, em conjunto, mais falantes do que qualquer outra Língua, seguidos pelo Hindi e Urdu. O Português tem atualmente 193 milhões de falantes, mais do que o Francês ou o Alemão. Partindo deste princípio, o jornal norte-americano "The Washington Post" questionou quais seriam as Línguas do futuro.
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segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Apenas 5% dos mais de 7.100 idiomas falados pelo mundo estão representados na internet

Considere-se uma pessoa privilegiada por poder ler esta notícia. Segundo um estudo divulgado nesta segunda-feira, 21, pela Organização das Nações Unidas (ONU), mais da metade da população mundial continua sem acesso à internet.
De acordo com o estudo, 3,2 bilhões de pessoas terão algum tipo de acesso regular à web até o fim deste ano. Isto representa 43,4% da população mundial, ainda longe da meta da ONU de 60% até 2020.
Em 48 dos países mais pobres, 90% da população continua offline. A situação é especialmente agravante no caso de mulheres: em nações em desenvolvimento, 25% delas têm menos acesso à rede do que homens. Esse índice salta para 50% em países da África.
Além disso, apenas 5% dos mais de 7.100 idiomas falados pelo mundo estão representados na internet. Muitas dessas línguas não utilizam o alfabeto latino, e, por isso, sequer conseguem compreender endereços e domínios digitais.
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domingo, 20 de setembro de 2015

Rio: Agentes aprendem línguas pouco usadas para atenderem turistas durante os Jogos

Rio - Eles falam árabe, coreano e até russo, além de italiano, inglês, francês e espanhol. Mas não fazem parte do contingente de turistas estrangeiros que todos os dias desembarcam no Rio, e sim de um seleto grupo de militares do Batalhão de Policiamento em Áreas Turísticas (BPTur) que falam idiomas pouco usuais no Rio. A formação em línguas que fogem do trivial é uma prévia da preparação da corporação para atuar nos Jogos Olímpicos de 2016.
No BPTur, os 196 agentes da unidade carregam na braçadeira da farda a bandeira do país no qual dominam o idioma, o que facilita a comunicação dos estrangeiros com os policiais nas ocorrências. Alguns dos policiais aprenderam outras línguas fazendo cursos. Outros, em viagens pelo mundo, e há ainda os que trazem o idioma do berço por serem filhos de estrangeiros. É o caso do soldado Adman Barcelos, que aprendeu a falar árabe com o pai imigrante.
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Alertas de emergência no Japão deveriam ser emitidos também em português?

Segundo o brasileiro David Shibata, morador de Joso, se os avisos emitidos pelos alto-falantes da cidade fossem traduzidos para outros idiomas, além do japonês, muito sofrimento teria sido evitado naquele dia trágico. “Não entendia uma palavra do que estava sendo dito”, disse o brasileiro ao The Japan Times

A publicação de uma matéria no The Japan Times, sobre os brasileiros afetados pela enchente sem precedentes da cidade de Joso, Ibaraki, iniciou uma discussão nas redes sociais do jornal (em inglês) sobre a necessidade de se traduzir os alertas de emergência e avisos de evacuação em regiões com grande concentração de estrangeiros.

Enquanto uns defendiam a necessidade de se aprender o idioma japonês como regra básica para sobreviver em casos de desastres naturais, outros diziam que as pessoas que não compreendem bem o idioma não poderiam ficar à mercê de sua falta de conhecimento da língua em uma situação de vida ou morte.
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França: Alunos vão contar com sete línguas estrangeiras no básico e secundário

França está no topo dos países que oferece mais línguas estrangeiras aos alunos
Os alunos vão passar a aprender de forma obrigatória inglês logo no 3º ano de escolaridade. Já no 7º ano vão ter de começar a aprender outra língua estrangeira e no 10º podem ter de escolher um novo idioma.

Além do inglês, os alunos passam a ter à sua disposição o alemão, francês e espanhol. Há ainda algumas escolas secundárias que ensinam o latim e grego e este ano vão começar projetos-piloto de mandarim, de latim e grego no ensino básico.
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quarta-feira, 16 de setembro de 2015

As línguas que a América do Sul quer salvar

No fim do mundo, lá na Patagônia, há uma língua que está a ponto de morrer: o tehuelche. Os falantes que restam, segundo dados da Unesco, podem ser contados nos dedos de uma mão. São palavras, sons, uma cultura inteira que corre o risco de desaparecer. Não é o único caso na região. Existem na América do Sul 420 línguas ameaçadas, de acordo com o Atlas Mundial da Unesco das Línguas em Perigo. A organização calcula que existam entre 8,5 milhões e 11 milhões de pessoas que falam esses idiomas.

Quando uma língua morre, ou “adormece”, como preferem os linguistas, não se apagam apenas as palavras, mas também uma cultura, uma forma de vida, uma maneira de ver o mundo. “Se você perguntar a um membro da comunidade da fala, poderá lhe responder que ela perde sua essência, sua identidade como pessoa e a de um grupo”, afirma Gabriela Pérez, curadora de linguística do Museu Nacional de História Natural do Instituto Smithsonian, em Washington. “Perde-se um sistema único de expressão, mas os idiomas, além disso, são veículos para sistemas de crenças, para conhecimentos da flora e fauna, e tudo isso também morre”, diz o linguista Christopher Moseley, editor do Atlas.

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quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Poliglotas dão 5 dicas para aprender línguas

TÓQUIO (IPC Digital) – Na busca de orientação de especialistas para dar dicas sobre aprendizagem de idiomas, o site Babel encontrou 2 pessoas poliglotas que deram interessantes conselhos: Luca Lampariello, um italiano que começou a aprender espanhol sozinho quando criança (ele também fala inglês, russo, mandarim e japonês) e o poliglota Matthew Youlden que trabalha no próprio site.

Veja as 5 dicas para aprender línguas que eles deram:
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sábado, 5 de setembro de 2015

Barreira Linguística: Viena aplaude refugiados que cruzaram fronteira com Hungria

Com um calorosos e emocionados aplausos, foram recebidos na manhã deste sábado em Viena, na estação de trens Westbahnhof, um grupo de 400 refugiados que chegaram à Áustria após cruzar a fronteira com a Hungria no primeiro trem especial disponibilizado pelas autoridades austríacas para atendê-los.
Inúmeros voluntários estavam na estação para recebê-los e ajudá-los, entre eles fluentes nos idiomas árabe, farsi e curdo, assim como funcionários de organizações de ajuda que distribuíram água, alimentos, roupas e cobertores aos esgotados aspirantes a receber asilo por parte do país.
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quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Senado de Porto Rico aprova espanhol como 1ª língua oficial e rebaixa inglês

MUNDO
3 SET 2015

O Senado de Porto Rico aprovou nesta quinta-feira um projeto de lei que declara o espanhol como primeira língua oficial na ilha, relegando o inglês para a segundo idioma.

Apresentado em agosto de 2014 por Antonio Fás Alzamora, ex-presidente do Partido Popular Democrático (PPD), o projeto tinha caído no esquecimento até junho deste ano, quando chegou a ser votado e acabou rejeitado.

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quinta-feira, 27 de agosto de 2015

IDIOMAS: A força dos idiomas orientais

“Tive a chance de conviver em meio a uma comunidade internacional com alta produção científica.” René Teixeira Engenheiro de telecomunicações

PUBLICADO EM 22/08/15 - 03h00

RENATA ABRITTA
Apesar de menos popular do que o inglês, o mandarim é o idioma mais falado no mundo e, cada vez mais, está atraindo a atenção dos brasileiros. “A maior parte dos alunos é de universitários que buscam uma melhora no currículo e maiores chances de um bom emprego após a formatura. A China é o maior parceiro comercial do Brasil desde 2009, e o volume comercial só vem aumentado ao longo dos anos”, explica Enrico Brasil, diretor geral do Huawen, Centro de Cultura e Língua Chinesa.

Segundo ele, muitas empresas buscam falantes de mandarim e português para a abertura de escritórios de representação na China (ou aqui no Brasil, no caso dos chineses) e estão procurando pessoas aptas a fazerem traduções diversas de reuniões, montagem de máquinas e até nas transações comerciais de uma infinidade de produtos diferentes.

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Japão se mobiliza para proteger 8 línguas em desaparecimento

Preservação cultural: comitê vai criar arquivos digitais destes idiomas e dialetos, organizar reuniões de seus falantes e atividades escolares para promover seu uso

Da EFE
Tóquio - O governo do Japão criou nesta quinta-feira um comitê especial para proteger oito línguas em risco de desaparecimento indicadas pela Organização para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), todas elas faladas em territórios remotos do país.

O comitê, integrado na Agência de Cultura do Japão, iniciará medidas como a criação de arquivos digitais destes idiomas e dialetos, organização de reuniões de seus falantes e atividades escolares para promover seu uso, segundo confirmou à Agência Efe um porta-voz do Ministério da Educação.

sábado, 11 de abril de 2015

Cuiabá: Turistas estrangeiros ainda sofrem para se comunicar

A ideia que o inglês já é uma língua universal falada em todo o mundo é um mito. Vejam abaixo a reportagem do Diário de Cuiabá:

MATO GROSSO

Turistas estrangeiros ainda sofrem para se comunicar

GUSTAVO NASCIMENTO
Da Reportagem

Se passaram nove meses desde a final da Copa do Mundo de 2014 e um dos grandes chamarizes para que Cuiabá se candidatasse a ser sede do evento, a capacitação e a melhoria do seus potencial turístico, naufragou junto com a seleção brasileira. Aproximadamente, um parto após o fatídico 7x1, frente aos alemães, no Mineirão, em Belo Horizonte, e a Capital mato-grossense continua sendo péssima para receber os turistas estrangeiros.

O número de pessoas e estabelecimentos que contam com funcionários que falam mais de uma língua ou cardápios bilíngues é irrisório e com isso continuamos a perder de goleada. Os comerciantes e microempresários não se interessam pela capacitação para atender os visitantes.

O universitário estadunidense Matthew Hubbard, de 26 anos, desembarcou há pouco mais de duas semanas, vindo de Portland, nos Estados Unidos da América, para visitar a namorada brasileira.

Ele conta que conheceu a jovem mato-grossense, enquanto a garota realizava um intercâmbio em sua cidade.

Sabendo apenas algumas expressões em português, o americano tem sofrido para se virar em solo nacional e por vezes é obrigado a utilizar as mímicas para tentar se fazer entender.

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quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Ano 2052: um olhar do futuro

CLAUDE PIRON

Ano 2052: um olhar do futuro

       (Brincando com seu computador, meu amigo J.L. – ele insiste que eu não diga seu nome - por um acaso encontrou um programa que o possibilitou um acesso a um arquivo do tempo futuro, mais precisamente a uma série de documentos digitados nos anos 2050.
       Infelizmente ele não percebeu exatamente o que ele fez, e agora ele não encontra novamente o caminho para chegar ao tal valoroso documento. Mas tive uma sorte grande porque tendo visto que o texto era sobre comunicação lingüística, ele teve a idéia de imprimi-lo porque ele sabe que tenho grande interesse sobre o assunto. Eis o texto...)

       Senhores jurados,

       Vocês ouviram os depoimentos. Não resumirei as provas dos fatos porque seria perda de tempo. Elas são mais do que eloqüentes. Mas quero alertá-los sobre um ponto, ou seja, como que freqüentemente as testemunhas usaram a expressão “como se”: “eles agiram como se não houvesse alternativa”, “como se não houvessem fatos possíveis de serem controlados”, “como se nossa proposta fosse ridícula”,  “como se a língua concernente não existisse”, etc... etc... O retorno a esta palavra, enfatiza, como persistentemente os acusados negligenciaram a realidade. Eles supostamente pertencem  a uma elite política, econômica, cultural, universitária ou social do mundo; eles tinham cargos de grande prestígio e responsabilidade; as decisões deles influíram na vida de todos os habitantes do planeta, entretanto eles agiram sem sentimento de responsabilidade, como se fossem alunos do jardim de infância. E agora – vocês os ouviram – eles podem se defender dizendo: “Nós  não sabíamos”, “Nós  não podíamos imaginar que era assim”.

       Como era possível este desconhecimento? Será que eles nunca viram viajantes em situações desagradáveis por não poderem se comunicar com os habitantes locais? Será que eles não notaram que o investimento de nossa comunidade mundial no ensino de línguas era gigante, mas os resultados miseráveis? Quando eles participavam de reuniões internacionais eles não tinham consciência que intérpretes estavam nos guinches, que a voz ouvida não era a do orador, que o uso simultâneo de tantas línguas necessariamente custava muitíssimo? Será que eles não sabiam que por todo o mundo milhões e milhões de crianças estressam seus cérebros tentando dominar a língua inglesa, a qual se mostra tão esquiva, que em média, após 7 anos de aprendizado com quatro horas por semana, de cada 100 alunos, apenas um é capaz de eficientemente usá-la? Será que eles não leram nos jornais sobre os aviões que sofreram acidente  pela não comunicação lingüística entre a torre de comando e o piloto?. Alguns deles têm o inglês como língua materna. Será que eles nunca se sentiram superiores em relação aos estrangeiros com os quais eles falavam, e será que eles nunca se perguntaram se isto era normal e justo? Outros não tinham o inglês como língua materna. Será que estes nunca se sentiram inferiores aos seus colegas de língua inglesa? Será que estes nunca sentiam aborrecidos numa discussão, porque as palavras necessárias não lhes vinham na memória, enquanto que os outros podiam explorar todas as riquezas de sua língua materna? Como é possível viver em nossa sociedade e não perceber que o problema lingüistico existe?

INDIFERENÇA ESCANDALOSA

       Vamos supor algo impossível e imagine que eles conseguiram viver uma vida internacional, nunca reconhecendo os aspectos negativos da realidade lingüistica. Em seus níveis na sociedade, será que eles poderiam competentemente ter responsabilidades em escala mundial, não sabendo como a comunicação funciona? Era o dever deles saber, ainda mais porque eles  tinham o dinheiro e os empregados para coletar informações, para organizar pesquisas, se necessário. O motivo pelo qual eles não sabiam é que o tema não os interessava. E isto não os interessava por falta de compaixão: eles não eram capazes de fremir com o sofrimento; cumplicidade com o semelhante não havia neles. Com uma indiferença escandalosa eles ignoravam a sorte de milhares de refugiados   e trabalhadores estrangeiros , onde  a incapacidade de se entenderem, pela falta de uma língua comum, era a fonte de injustiça e miséria psicológica, e até de morte. Vocês ouviram as testemunhas.                Não vai ser fácil esquecer o caso do hospital alemão, onde 50 por cento dos pacientes morreram após enxerto, apenas porque, por falta de uma língua comum com os empregados do hospital e enfermeiros, eles não entenderam as instruções dadas para eles. Estas realidades, nossas “elites” ignoraram. Se a polícia tratou injustamente um estrangeiro porque este não conseguia fazer se entender, isto não incomodou a elite. Se o diretor de uma pequena empresa não conseguiu receber para a sua companhia um contrato importante porque o seu nível de inglês não era adequado para o tratado, por que isto as perturbaria? Se o dinheiro muito importante para toda as espécies de objetivos sociais foi abundantemente jogado no abismo profundo da comunicação lingüística burocrática, sobre isto eles assobiaram. E no entanto! Será que não era uma de suas responsabilidades escolher humanamente, o que fazer com o dinheiro recebido dos cidadãos?

       Pegarei apenas um exemplo, entre os muitos dos quais poderia citar. Enquanto os acusados tiveram o poder , muitas crianças africanas morreram de desidratação: esta falta de água no organismo foi tão estrema que as crianças não podiam produzir lágrimas quando elas deviam chorar. Curar uma criança custava apenas 5 centavos de dólar. Mas não foi possível  encontrar dinheiro para salvar crianças que foram lançadas neste horror. Não é estranho que ao mesmo tempo, a União Européia diariamente gastava  milhões de dólares para traduzir a carga diária de 3 milhões de palavras?

       Quando os acusados foram informados sobre as tragédias diárias , por exemplo sobre a fome mundial, com uma compaixão aparente, eles balançaram a cabeça a se lamentarem sobre a falta de dinheiro, mas fizeram isto sem sentir algo errado nestas organizações que traduzem milhões de palavras ao custo de 2 dólares por palavra. Que elite é esta? Será que não é evidente até mesmo para uma pessoa simples que aquilo que se gasta com um objetivo não é disponível para outro? E que, como resultado, definir prioridades convenientes é o dever moral mais sério?

       Apesar disto, em todas as organizações internacionais, e delas existem muitas, eles nunca exitaram em atribuir gigantesca  quantidade de dinheiro aos serviços lingüisticos. Aliás, nunca veio na cabeça deles a idéia  de efetivar estudos objetivos sobre quanto os multifacetários problemas lingüisticos custam para a sociedade mundial e quais as maneiras de resolvê-los. A sociedade poderia ser lingüisticamente melhor organizada? Eis uma pergunta que eles nunca fizeram para si. “Nós fizemos aquilo que era possível. Não havia outra solução”, eles afirmam.

SOLUÇÃO EXISTIA HÁ TEMPOS

       Será verdade que não existia outra solução? Mas o Esperanto existia! Ele já era usado há um século. Para aqueles que mostrara-se suficientemente sábios para apropriá-lo, ele proporcionou comunicação admirável sem obrigar a investir nem mesmo um vintém em serviços lingüísticos, sem discriminação entre os povos e após um investimento de tempo e dedicação moderados (já era sabido que 6 meses de Esperanto conduzia a um nível de comunicação  igual ao que se gasta para seis anos de inglês). Mas para os distintos membros de nossa “elite”, esta alternativa, esta maneira de resolver o problema lingüistico com uma relação custo-benefício mais favorável, simplesmente não existia. Quando alguém chamava a atenção sobre  ele - e isto acontecia com freqüência; as provas estão em vosso processo – eles sistematicamente impunham uma série de argumentos, sempre os mesmos, sempre excludentes, nunca tendo controlado tal validade.

       “O Esperanto não funciona”, eles diziam, enquanto que era fácil participar de uma reunião internacional ou um Congresso em Esperanto para descobrir que este instrumento de comunicação lingüistica funciona melhor que qualquer outro sistema rival, seja o inglês, seja a tradução simultânea, ou outro qualquer.

       “Ele é artificial”, eles diziam, se recusando a, quando convidados, verem crianças brincando e rindo em Esperanto com uma tal espontaneidade de expressão, que a afirmação deles se revelaria logo preconceituosa, e não achando  estranho o fato de se falar em microfones e escutar por fones de ouvido a voz de um outro, que não o   falante que, (vocês reconhecerão)  não se impõe como uma maneira natural de se comunicar.

       “Ele não tem cultura”, eles afirmavam, nunca tendo lido uma linha de um poema em Esperanto, não sabendo nada sobre o desenvolvimento do teatro em Esperanto,  ou literatura, nunca tendo ouvido uma palestra nesta língua.

       “O Esperanto é rígido e pobre de expressão”, eles repetiam, nunca tendo o submetido a uma análise lingüistica, o que os obrigaria a concluir que ele é mais flexível e rico em expressões, graças a plena liberdade de combinar elementos do que muitas línguas de prestígio.

       “Ele não é uma língua viva”, eles argumentavam não sabendo nada sobre a comunidade  que diariamente o usa, e nunca se perguntando, quais são  os critérios de vida lingüística, e se o Esperanto responde a eles ou não.

       “Seria lamentável se os povos tivessem que abrir mão de suas próprias línguas para apropriar um novo como este” eles diziam, não se interessando pelo fato que o Esperanto nunca teve como objetivo substituir as outras línguas, mas era simplesmente um recurso prático  de superar a barreira lingüistica, assim como o latim na Europa da Idade Média, e ignorando as informações sobre mortes de línguas (morria uma língua a cada semana nos anos 2000) causadas pela destruição eficiente de algumas assim chamadas “grandes” línguas, principalmente a língua inglesa, a qual muitos socio-lingüistas chamavam de “língua assassina”.

       Felizmente ocorreu uma revolução lingüística

       Não haveria sentido insistir sobre estes preconceitos. Vocês sabem o quanto eles valem. 25 anos depois que os cidadãos  se rebelaram e a revolução lingüistica ocorreu, vocês estão vendo quanto o mundo evoluiu para uma melhor condição de vida. Vocês agora podem viajar pelo mundo sem se deparar com o problema de comunicação. As organizações internacionais não devem mais enfrentar os custos astronômicos de seus serviços lingüisticos, de maneira que gigantescos recursos financeiros ficaram disponíveis para projetos sérios e substanciais. Jovens de todos os lugares do mundo, depois do exame do curso básico de Esperanto estudam outras  línguas escolhidas pelos seus próprios gostos ou interesses, o que acelera a diversidade de pensamento de toda nossa sociedade (fator de fecundação de idéias), ao mesmo tempo favorecendo uma compreensão autêntica e recíproca.

       Os muitos efeitos negativos do monopólio do idioma inglês sobre a vida cultural de muitos povos ( na maioria das escolas do mundo era praticamente impossível estudar outras línguas estrangeiras) cada vez mais desaparecem. Refugiados e trabalhadores estrangeiros agora são entendidos, para onde quer que eles vão. Especialistas participantes de discussões internacionais são escolhidos por suas competências, e não mais pelas suas capacidades de usarem o inglês, que excluía muitos, porque como vocês sabem, muitas pessoas talentosas em matemática e tecnologia, só com muito esforço conseguem aprender outras línguas.

       Na Inglaterra, EUA, e outros países de língua inglesa, estudantes descobrem culturas estrangeiras sob um novo ponto de vista, e o dever de aprender um novo idioma rigoroso, mas fácil e psicologicamente mais aceitável, tem um efeito positivo para uma abertura para o mundo e para seus desenvolvimentos culturais e intelectuais. Na Índia, o conflito entre as partes, de um lado os favoráveis ao inglês e de outro lado do hindi parou de existir, e mesma sorte tiveram os conflitos lingüisticos na Bélgica, República dos Camarões, Nigéria e muitos outros países.

       Na verdade, a humanidade deve muitíssimo àqueles que fizeram pressão aos países, para que estes organizassem cursos de Esperanto pelo mundo todo. Mas devemos um agradecimento especial aos secretários de governo que insistentemente se esforçaram  para que vigorasse a primeira Declaração, que oficialmente restabeleceu a verdade sobre o Esperanto. Por causa dela,  nossa língua internacional, pela primeira vez foi vista segundo uma perspectiva justa. Quando o público tomou conhecimento que durante décadas  foi enganado, a língua começou a fazer sucesso, por isto ela rapidamente foi divulgada até mesmo antes que seu ensino geral fosse organizado.

GRAVE RESPONSABILIDADE

       Se achei útil citar algumas enormes vantagens, que agora todos nós gozamos pela mudança de atitude em relação ao Esperanto, meu objetivo é acentuar a responsabilidade dos acusados pelo fato que esta mudança ocorreu tão tarde. Já em 1920 a Liga das Nações realizou uma pesquisa objetiva sobre o tema e recomendou aos Estados-membros em todo o mundo organizarem o ensino do Esperanto, para que ele se tornasse a Segunda língua de todos. A Liga percebeu isto como a melhor maneira para que se tivesse efetivado uma comunicação igualitária e  internacional, que garantisse ao mesmo tempo a sobrevivência e prosperidade de todas as línguas e culturas. Mas eles ignoraram a recomendação da Liga. As boas qualidades do Esperanto sempre foram visíveis a qualquer um que fosse intelectualmente honesto e de interesse claro.

       Já nos anos 1930, a literatura em Esperanto e o uso da língua em encontros internacionais estava tão desenvolvido, que negar seu valor cultural e humano era possível apenas  se resignasse a própria honestidade ou o dever de ser objetivo. Então, durante décadas, a “elite” se absteve. Quando alguém fazia uma proposta com o objetivo de acelerar o uso do Esperanto, os membros desta assim chamada elite reagia de maneira totalmente contrária e sem basear suas respostas em considerações objetivas. Nunca eles tinham a idéia que eles deveriam provar suas afirmações. Que o Esperanto valia nada, isto eles consideravam evidente. Eis porque eles são dignos de serem condenados. Este processo deve ser útil como exemplo para mostrar ao povo do mundo, que a falta de um sistema democrático, a eliminação da objetividade, a recusa de controlar os fatos, a decisão de rejeitar uma proposta antes de estudá-la, a indiferença  diante do sofrimento e a negligência com referência às prioridades baseadas em considerações éticas não podem ficar na impunidade.

       A sociedade tem direitos. O direito à comunicação é um direito que a gente deve respeitar seriamente, assim como o direito à um tratamento igualitário. Quando os acusados dominavam a vida social, eles manipularam a opinião pública de uma maneira sutil, impondo nas mentes das pessoas uma série de equívocos, que em grande parte contribuíram para que a língua internacional neutra Esperanto tenha sido introduzida na sociedade de uma maneira tardia.

       À todos vocês atualmente, é evidente que pessoas colocadas em situação de inferioridade, porque elas não podiam se exprimir numa língua estrangeira, eram vítimas de um sistema de comunicação mundial. Mas a assim chamada elite obrigava a olhar estas pessoas como culpadas. Culpadas pela tendência de não estudarem, por preguiça ou inferioridade cerebral. “ Se eles não são capazes de se comunicarem, os culpados são eles mesmos: era obrigação deles estudarem línguas”, eles insinuavam, nunca perguntando a si próprios se dominar uma outra língua nacional é possível para todos, e se não existe uma alternativa mais propícia para a ordem lingüística mundial, ou melhor dizendo: desordem.

Não podemos absolvê-los

       Senhores, nada poderá inocentar os acusados.

       Eles vivem num século no qual  na justiça, assim como na ciência, nenhuma conclusão é tirada antes que os fatos sejam analisados. À despeito deste princípio, eles nunca se integraram sobre os fatos relativos ao Esperanto em seus raciocínios, e eles repetidamente concluíam que não havia sentido buscar uma sistema melhor de comunicação entre os povos do que o caótico e desigual sistema que reinava em todo lugar.

       Eles vivem num século no qual quando muitas possibilidades se apresentam, devem-se compará-las para se poder escolher as propostas que apresentam as melhores vantagens e as que têm menos desvantagens. Vocês viram estas pessoas. Perguntados quando eles compararam na prática segundo uma série de critérios pré definidos  os diversos sistemas de comunicação internacional, inclusive o Esperanto, eles vergonhosamente olhavam para o chão. “Sobre isto a gente nunca pensou”, murmurou um.. Mas eles confessaram que em outros campos, quando eles tiveram que usar o dinheiro dos que pagavam impostos ou dos acionistas, eles lançavam editais para ofertas ou propostas, ou de outra maneira, consideravam uma série de possibilidades para compará-las e escolher a melhor.

       Eles vivem em um século em que a discriminação é ilegal. Mas suas atitudes em relação às pessoas que tentavam torná-los conscientes  sobre as potencialidades do Esperanto, e sobre sua realidade, freqüentemente eram discriminatórias; eles logo despachavam estas pessoas sem as escutá-las, sem ler ou considerar de uma maneira adequada seus documentos. Assim aconteceu de uma maneira notável como vocês descobriram ouvindo as testemunhas, junto à União Européia, mas muitos outros exemplos poderíamos apresentar à vocês. Nenhum fato que os possa absolvê-los existem em favor deles.  Até agora há uma dúvida se eles têm consciência sobre a amplitude de frustrações, dos sofrimentos, dos inúteis desperdícios de tempo e energia, das perdas, do desperdício não aceitável e dos sofrimentos que foram causados por causa da ignorância sobre as realidades lingüísticas deles. Todos os aspectos negativos da desorganização lingüistica, os quais evitar seria tão fácil, como prova nossa atual maneira de viver, eles olhavam como inevitável, assim como a escravidão, durante séculos era vista como algo normal, de um tal modo, que até mesmo os escravos, viam como um aspecto inevitável da vida. Durante muitas décadas, as inúmeras vítimas da desordem lingüistica mundial eram mentalmente manipuladas para que elas acreditassem que para tal situação não havia alternativa.  Isto é imperdoável, haja visto o nível intelectual dos responsáveis, assim como se levarmos em consideração  seus treinamentos, científico e político, que necessariamente lhes educaram  sobre a necessidade de serem objetivos e controlarem os fatos.

       Senhores jurados , vocês devem para a justiça e também paras as gerações futuras uma declaração clara e contundente que aquelas pessoas foram culpadas. O presidente do tribunal agora os orientará sobre como...

(aqui o texto se interrompe abruptamente)

Traduzido por João Manoel Aguilera Júnior