sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Há 125 anos o esperanto era criado como língua universal


Nota sobre a notícia abaixo: o movimento esperantista no Europa está fazendo sucesso e é um exemplo para os esperantistas do Brasil. Lá na Europa, o movimento esperantista é laico, não é subjugado pelas religiões e cresce com sucesso. Aqui no Brasil, a interferência de movimentos religiosos e seitas  no movimento esperantista colocou o movimento em decadência. O movimento esperantista no Brasil ficou com um cheiro de "naftalina". Os esperantistas do Brasil deveriam se emancipar e se libertar de movimentos religiosos, uma vez que o a ligação do esperanto com religião, feita frequentemente aqui, inviabiliza o esperanto como idioma internacional. Que a Europa nos sirva de exemplo.
Manoel
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NOTÍCIAS / CULTURA E ESTILO

CULTURA
Há 125 anos o esperanto era criado como língua universal
No século passado motivos políticos dificultaram sua disseminação, mas agora, com a ajuda da internet, o esperanto está se tornando cada vez mais popular.
Ninguém sabe exatamente quantas pessoas falam o esperanto. As estimativas variam entre 500 mil e 2 milhões, em todo o mundo. Parte-se que a maioria delas viva na Europa: consta que só na Alemanha cerca de 100 mil falam a chamada "língua planejada".
O primeiro livro em esperanto foi publicado em 1887. O autor e criador da língua foi o médico e filólogo Ludwig Lazarus Zamenhof, de Bialystok, cidade na época localizada em território russo e hoje pertencente à Polônia. Ele queria criar um meio de compreensão que conectasse as pessoas das mais diferentes nações e regiões culturais e, assim, promover a paz no mundo.
Historiador Ulrich Lins: esperantistas foram comparados a comunistas
Obstáculos políticos
O fato de, após 125 anos, a língua ter apenas algumas centenas de milhares de seguidores, se deve principalmente a obstáculos políticos, afirma o historiador Ulrich Lins, em entrevista à Deutsche Welle. Ele foi durante alguns anos o vice-presidente da Associação Universal de Esperanto. "Principalmente na Alemanha nazista e na União Soviética, a língua foi considerada perigosa, como um meio subversivo contra os respectivos interesses nacionais."
O esperanto era considerado um veículo potencial para se obter ou enviar informações para o exterior – grave crime na Alemanha nacional-socialista e na isolada União Soviética. Por esse motivo, os esperantistas foram perseguidos, explica Lins.
Embora as motivações dos aficionados do esperanto fossem as mais variadas, costumava tratar-se de gente com muito espírito de liberdade, cosmopolitas que se posicionavam contra o nacionalismo exacerbado. "O esperanto era algo para aqueles que queriam praticar um internacionalismo de base." Por isso, muitas vezes foram equiparados a socialistas e comunistas. Além disso, Zamenhof, o criador do esperanto, era judeu.
"Após a Segunda Guerra, o inglês ficou tão forte que o esperanto não teve mais nenhuma chance", acrescenta o historiador. Mas há alguns anos a "língua universal" registra um retorno. Através da internet, atualmente as possibilidades de se comunicar com gente de outras nações são maiores do que nunca. Para Lins, o esperanto seria o meio de superar as barreiras da língua.
Facilidade mundial de viajar
Roland Schnell desconsidera argumento de que poucos falam a "língua universal"
Essa experiência é confirmada por Roland Schnell. Ele é porta-voz da Associação do Esperanto de Berlim. O grupo possui cem membros, mas cerca de mil pessoas falam a língua na região, informa.
O desejo de viajar pelo mundo de forma mais barata é mais fácil de realizar com o esperanto, afirma Schnell. "O couchsurfing em esperanto está disponível desde 1974. E é usado com intensidade."
Por couchsurfing entende-se a possibilidade de pernoitar gratuitamente na casa de outras pessoas, através de uma rede internacional de hospitalidade. Muitas vezes, o conceito está aliado a outras coisas, como mostrar a cidade ao viajante. Roland Schnell não sabia falar francês, mas através do esperanto conseguiu rapidamente contatos na França.
Número de falantes não é decisivo
Centro cultural e de convenções Esperanto em Fulda, Alemanha
O também presidente da fundação Europaverständigung (entendimento na Europa) considera pouco relevante o argumento de que o esperanto seria falado por bem menos pessoas que, por exemplo, o inglês ou o francês. "A soma não conta. Trata-se de disponibilizar de forma voluntária uma ferramenta de comunicação que todos possam usar."
Schnell enfatiza que o esperanto sempre mostrou sua utilidade prática. "Houve publicidade em jornais por parte de comerciantes de vinho, uísque e cigarros." A propaganda em jornais é, hoje, cada vez mais difícil, porque a importância da imprensa escrita diminui na era digital. Mas existem outras possibilidades, ressalta.
Atualmente, a associação berlinense de esperanto planeja colar cartazes em bicicletas, espalhadas pela cidade especialmente para esse fim. Em Varsóvia, não foram necessários cartazes: lá, venceu a proposta de denominar as 1.100 bicicletas de aluguel da cidade com a palavra em esperanto "Venturilo".
O apelo publicitário também se mostra eficaz no caso dos hotéis que utilizam o termo "esperanto" para ressaltar seu caráter internacional. Schnell não sabe dizer se é a esses êxitos que se deve o crescente número de falantes de esperanto: certo é que a língua encontra cada vez mais adeptos.
Autor: Günther Birkenstock (ca)
Revisão: Augusto Valente
http://www.dw.de/h%C3%A1-125-anos-o-esperanto-era-criado-como-l%C3%ADngua-universal/a-16404773

sábado, 3 de novembro de 2012

Esperanto se consolida como língua dos espíritas e com associação ao espiritismo (religião)

Se alguém ainda tem alguma dúvida de que o esperanto perdeu sua neutralidade e está cada vez mais associado ao espiritismo, aos espíritas e  à religião basta tomar conhecimento que o Sexto Congresso Paulista de Esperanto foi realizado em outubro deste ano na  na Sociedade Espírita Obreiros do Bem na cidade de São Carlos. Mesmo que algumas pessoas que participaram do evento não sejam espíritas, o local do evento é uma congregação religiosa ligada ao espiritismo...
Ao se associar com o espiritismo o esperanto perde assim a sua neutralidade e também a chance de se tornar um idioma internacional. Agora vai ser cada vez mais difícil que pessoas de outras religiões ou mesmo ateus se interessem pelo esperanto. O movimento esperantista brasileiro se estagnou e segue em decadência, sufocado pela influência  sempre nefasta das religiões.
O esperanto ficou vinculado ao espiritismo assim como a Igreja Católica está vinculada ao latim. Portanto,  o Latim, e o Esperanto perderam a sua neutralidade, condição básica para que um idioma seja internacional.
O Espiritismo queria usar o esperanto para fazer proselitismo religioso no mundo. Não conseguiu e acabou matando o esperanto.
Mais detalhes sobre o congresso vejam no texto abaixo registrado no site do Jornal PP.
Junior
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Quinta, 11 Outubro 2012
INTERAÇÃO
6º Congresso Paulista de Esperanto será em São Carlos
Escrito por  Patrícia Ribeiro
 
A intenção de Zanenhof era criar uma língua de fácil aprendizado que servisse como língua franca internacional. (Foto:Divulgação)

De 12 a 14 de outubro acontece o 6º Congresso Paulista de Esperanto em São Carlos.
O evento será na Sociedade Espírita Obreiros do Bem que fica na Rua Vivaldo Lanzoni, 200 no bairro Lagoa Serena. Nesta sexta-feira, 12, as atividades serão das 15h às 22h. No sábado, 13, será das 8h às 22h e domingo, 14, das 8h às 12h. Haverá curso básico para iniciantes.
A língua universal Esperanto comemora este ano 125 anos de existência. Trata-se de uma língua bastante útil para a comunicação internacional possibilitando que pessoas de diferentes lugares do mundo interajam entre si proporcionando união entre elas.
É uma língua neutra, pois não pertence a nenhum povo ou país em especial, é igualitária do ponto de vista lingüístico. É relativamente de fácil aprendizado graças à sua estrutura e construção da língua. E viva, pois é uma língua que evolui e vive igualmente como outras línguas e através dela é possível expressar os mais diversos aspectos do pensamento e sentimento humanos.
“Anualmente acontece congressos a nível regional, estadual, nacional e internacional de Esperanto. É muito importante para os esperantistas e também para a cidade de São Carlos que foi escolhida para receber toda a diversidade cultural que encontros como este proporcionam”, conta a professora e pedagoga praticante do Esperanto, Aparecida Mandarini R. Menegasso.
De acordo com Aparecida a importância de aprender Esperanto está na relação obtida entre pessoas de várias partes do mundo, sendo instrumento apropriado para o cultivo de amizade e colaboração entre pessoas de diferentes línguas nacionais. “Os esperantistas sentem-se muito amigos entre si, formamos uma grande família. Há muito respeito entre nós. Viajamos para vários lugares onde somos acolhidos na casa de pessoas que falam Esperanto, assim como também frequentemente recebemos esperantistas em nossa casa. Há uma troca e aprendemos muito uns com os outros”.
A língua Esperanto foi criada por Lázaro Luiz Zanenhof e hoje é a língua planejada mais falada no mundo. O esperanto é empregado em viagens, correspondência, intercâmbio cultural, convenções, literatura, ensino de línguas, televisão e transmissões de rádio. Encontra-se em Esperanto livros importantes como a Biblia Sagrada, Machado de Assis e José de Alencar. É usado em mais de 120 países.
Aparecida, que hoje dá aulas gratuitas de Esperanto aos interessados, diz que o aprendizado é rápido e fácil. “Em três meses é possível aprender o básico em Esperanto e um pouco mais de tempo para aperfeiçoes. A língua contém 16 regras fixas e regulares e qualquer pessoa em qualquer idade pode aprender”.

http://www.jornalpp.com.br/cultura/item/21084-6%C2%BA-congresso-paulista-de-esperanto-ser%C3%A1-em-s%C3%A3o-carlos