sábado, 31 de agosto de 2013

Há seis meses, médicos cubanos recrutados para trabalhar no Brasil recebiam aulas de português

Médico cubano sabia há meses de plano
Professores brasileiros viajaram para diversas regiões de Cuba para ensinar português e passar informações sobre o SUS aos médicos
30 de agosto de 2013 |
Lígia Formenti, Andreza Matais / BRASÍLIA - O Estado de S.Paulo
Médicos cubanos recrutados para trabalhar no Brasil recebem aulas de português e informações sobre o Sistema Único de Saúde há pelo menos seis meses. Mesmo sem a formalização de um acordo, professores brasileiros, usando material didático do Mais Médicos, viajaram para diversas localidades de Cuba para iniciar a formação dos profissionais, em uma sinalização de que o governo há tempos trabalha com a meta de trazê-los para o País.

Médicas cubanas se comunicam com familiares - Jarbas Oliveira/AE
Jarbas Oliveira/AE

Médicas cubanas se comunicam com familiares
"Agora é só revisão. Boa parte do conteúdo aprendemos lá", assegurou o médico Alfredo Rousseaux, que desembarcou semana passada em Brasília para um estágio de três semanas. "Um dos professores daqui conheço de vista, já deu curso lá em Cuba", completou.

A apostila de português, distribuída nesta semana para os alunos com o logo do Mais Médicos, também já é conhecida de Rousseaux. "Os professores exibiam projeções com o mesmo conteúdo." Os amigos Veronico Gallardo, Marisel Velasquez Hernandez e Diego Correa também se preparam para a temporada no País há meses. Desde o início do ano recebem uma formação específica, voltada para o trabalho que seria feito aqui no País. Com domínio razoável de português, Gallardo afirma ter estudado bastante sobre problemas comuns na Região Norte, onde espera atuar. "Devo trabalhar no Amazonas."

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Universidade chinesa em Hangzhou abre licenciatura em português

INTERNACIONA

Redação Lux
Mais uma universidade chinesa, situada em Hangzhou, costa leste do país, terá uma licenciatura em português a partir de setembro, ilustrando o crescente interesse pela língua portuguesa, disse hoje à agência Lusa fonte académica local.

Não contando com Macau e Hong Kong, passará a haver 18 universidades chinesas com licenciaturas em português, contra apenas duas no final da década de 1990. O português é ensinado em duas outras universidades, uma em Pequim, outra em Cantão, mas como língua de opção.

A nova licenciatura será ministrada na Universidade de Estudos Estrangeiros de Zhejiang (ZESU), uma das províncias mais prósperas da China, com cerca de 52 milhões de habitantes.

Criada em 1955 em Hangzhou e contando atualmente com cerca de 6.000 alunos, a ZESU tem um acordo de cooperação com a Universidade de Estudos Estrangeiros de Pequim (BEIWAI), onde desde há 62 anos funciona a mais antiga licenciatura de português do país.

A maioria das licenciaturas apareceu na última década, coincidindo com a criação do Fórum Macau para a Cooperação e Comercial entre a China e a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), em 2003.

Segunda economia mundial, a seguir aos Estados Unidos, a China é hoje o maior parceiro comercial do Brasil e centenas de empresas chinesas operam em Angola.

Em 2012, a China Three Gorges pagou 2.700 milhões de euros por 21,3% do capital da EDP, tornando-se o maior acionista da elétrica portuguesa. Foi uma das maiores aquisições feitas pela China na Europa.

A presença chinesa em Moçambique, Timor-Leste e outros países da CPLP é também cada vez mais forte.

Xangai, Cantão, Tianjin, Xian, Jilin, Dalian, Harbin, Haikou, Chongqing e Shijiazhuang são as outras cidades chinesas onde há licenciaturas em português.

http://www.lux.iol.pt/internacionais/universidade-chinesa-em-hangzhou-abre-licenciatura-em-portugues-universidade-china-licenciatura-portugues/1484826-4997.html

Médicos estrangeiros visitam centros de saúde e consideram idioma maior dificuldade

Bolsistas estiveram em centros de saúde do Barreiro e Região Noroeste
Tiago de Holanda
Publicação: 31/08/2013
Natural de BH, Fausto Carvalho reclamou de recepção de médica (EDÉSIO FERREIRA/EM/D.A PRESS)

Natural de BH, Fausto Carvalho reclamou de recepção de médica
Entre os estrangeiros escolhidos para Minas pelo programa Mais Médicos, alguns acreditam que a maior dificuldade que enfrentarão será ampliar a compreensão da língua portuguesa. Ontem, eles e bolsistas brasileiros estiveram em três centros de saúde do Barreiro e da Região Noroeste de BH. A visita faz parte do curso de acolhimento e avaliação que prepara o grupo para começar a trabalhar em 16 de setembro. Eles conversaram com funcionários e líderes comunitários e aprovaram a estrutura das unidades.

Os 20 médicos, incluindo 10 brasileiros, se dividiram em três grupos, enviados para os centros de saúde dos bairros Vila Cemig, Vale do Jatobá e Bom Jesus. O objetivo era fazer com que entendessem melhor o funcionamento de unidades básicas e tivessem contato com equipes de saúde da família, prévia do que poderão encontrar quando começarem a trabalhar. “A ideia é que eles associem o que observaram nos centros e ouviram das equipes com o que aprenderam nas aulas sobre o funcionamento do Sistema Único de Sáude (SUS), saúde da família”, explicou o coordenador pedagógico do curso em BH, Rodrigo Chávez Penha.

A colombiana Fanny Viviana Paz Furtado, de 36 anos, tem dificuldade para entender português. Formada no Equador, ela trabalhava na Venezuela. Na entrevista concedida ao Estado de Minas, não conseguia compreender algumas perguntas e foi ajudada por um colega brasileiro como intérprete. Sem achar as palavras certas, às vezes a médica respondia em espanhol, como quando elogiou as pessoas que receberam seu grupo no centro de saúde da Vila Cemig: “La gente es muy amable”. Fanny dá nota cinco ao seu português. “Sei ler, minha dificuldade é falar. Com o tempo vou melhorando”, disse ela, designada para trabalhar na unidade da Vila Cemig.

O boliviano David Paz, de 29, considera a língua o principal desafio: “Não vou deixar de compreender o que o paciente diz, não vai haver confusão. Se eu não souber a palavra, vou me expressar com gestos, fazer mímica. Se precisar, pergunto a meu colega. Morando aqui, vou me acostumar às palavras diferentes, à pronúncia”.

Ele se graduou na Escola Latino-Americana de Medicina (Elam), em Cuba. Trabalhava no país natal até vir para Minas. Vai atuar em BH, mas ainda não sabe em qual unidade de saúde. “Estou ansioso para conhecer um sistema de saúde novo. É um processo de adaptação. No começo, vamos ter que perguntar muito para não errar”, disse. E acrescentou, em “portunhol”: “Tenho ganas de trabalhar”. Segundo o ministério, a língua pátria dos estrangeiros é o espanhol (há médicos da Colômbia, México, Bolívia, Argentina e Venezuela, e uma profissional de Portugal).

PRECONCEITO Os médicos acharam calorosa a recepção recebida nos centros de saúde, mas reclamaram de uma colega da unidade da Vila Cemig. “Ela nos recebeu muito mal. Lógico que foi por preconceito”, conta o belo-horizontino Fausto José Solis Carvalho, de 34, que se formou na Bolívia e trabalhou oito anos na Argentina. “Ela foi muito grosseira”, reforça Fanny, que, no entanto, gostou do que encontrou no centro de saúde: “A estrutura é muito boa, tem todos os equipamentos necessários”.

“É possível que o pessoal sofra resistência de colegas. Se isso ocorrer, o gerente do centro de saúde terá de conversar com o médico que agir assim. Qualquer ocorrência, a gente tem como agir com diálogo”, afirma a gerente do Distrito Sanitário do Barreiro, Renata Mascarenhas, que acompanhou a visita. Ela se preocupa com o fato de alguns bolsistas não entenderem bem o português. “A comunicação é de suma importância na relação entre médico e paciente. Os dois têm de se entender claramente. Caso isso não ocorra, vamos informar à coordenação do programa”, promete. Segundo Renata, centros de saúde do Barreiro receberão sete bolsistas diplomados no exterior.

fonte:
http://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2013/08/31/interna_gerais,442510/medicos-estrangeiros-visitam-centros-de-saude-e-consideram-idioma-maior-dificuldade.shtml

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

México leva ao ar primeira novela no idioma maia

Por  G1
Financiada pelo governo, produção tenta resgatar o uso da língua que ainda é falada por 800 mil pessoas no país.

Existem aproximadamente seis milhões de pessoas no México e na América Central, mas somente agora, pela primeira vez na história, seus habitantes poderão acompanhar uma novela em seu próprio idioma histórico: a língua maia, criada por uma das principais civilizações da chamada Mesoamérica.

Baktún (o título da novela) significa em maia um ciclo, uma passagem de tempo que não se finda, apenas muda. Esse é um conceito chave da cultura maia: a história nunca termina, apenas se renova.

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quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Escola de idiomas usa professoras seminuas em aulas na China

Após sucesso de projeto-piloto na internet, escola recruta modelos sexyes para participar de vídeos online de aulas de mandarim

Vídeo que ensina mandarim mostra duas modelos usando roupas íntimas Foto: YouTube /
Reprodução

Uma escola de idiomas que dá aulas online está causando polêmica na China por causa de uma nova metodologia de ensino. A instituição recruta modelos para ensinar seminuas. O método tornou-se uma sensação na internet, depois de um projeto piloto da Sexy Mandarim acumular mais de 800 mil visualizações no YouTube. As informações são Huffingtonpost.

Agora, a escola está selecionando modelos sexys para dar continuidade à iniciativa. Uma arquiteta e modelo, que apareceu nas primeiras gravações, elogiou a proposta. "Se você seguir o método tradicional do livro, todos esses caracteres chineses só vão deixa-lo intimidado (com o idioma). (...) Se você começar de uma forma coloquial, com os clipes sensuais a história é diferente".

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segunda-feira, 26 de agosto de 2013

'Não sintam vergonha de não saber falar português', diz Padilha a estrangeiros

FOLHAPRESS 26/08/2013 1

"Não sintam vergonha de não saber falar português", disse o ministro Alexandre Padilha (Saúde) hoje ao receber os médicos estrangeiros que chegaram ao Brasil no fim de semana para participar do Mais Médicos.

A maior parte dos profissionais inscritos no programa veio de Cuba, Espanha, Argentina e Uruguai.

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Médico que não passar em exame de português voltará ao país de origem

 segunda-feira, 26 de agosto de 2013, às 16:20

Os médicos estrangeiros trazidos ao Brasil pelo governo federal para integrar o programa Mais Médicos podem ser devolvidos aos seus países de origem caso não passem na prova de língua portuguesa a que serão submetidos em três semanas, após o curso iniciado nesta segunda-feira (26).

As aulas vão das 8h às 18h, de segunda a sexta-feira. Duas horas diárias são dedicadas à língua portuguesa.

Segundo Rodrigo Cariri, coordenador do curso, no último dia de aula os médicos terão de fazer prova oral e escrita.

O exame é nacional e será aplicado nas oito cidades em que há aulas.

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domingo, 25 de agosto de 2013

Médica cubana vê língua como maior desafio

Nota sobre a notícia abaixo: Avisem os médicos estrangeiros que não há barreira linguística no mundo, afinal, como a imprensa corporativa costuma afirmar, o inglês é a língua internacional, já falada em todo mundo.
João.
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25/08/2013
Médica cubana vê língua como maior desafio

Folha de S. Paulo

Com carregado sotaque, a médica cubana Ivonne Sanchez, 46 anos, atende cem pacientes por semana em um posto de saúde ao lado de uma fazenda de gado em Cordeirópolis (158 km de São Paulo).

Ela também visita os pacientes em casa e, como já é amiga das famílias, não nega um cafezinho. Faz isso há três anos e ganha R$ 12 mil mensais. Ivonne veio pela primeira vez ao Brasil em 1997 para ajudar a implantar o Programa Saúde da Família, em Araras (168 km de SP).

"No começo, foi difícil, não entendia muito o que o paciente falava, mas aprendi na raça, no dia a dia", conta.



http://www.agora.uol.com.br/saopaulo/2013/08/1331705-medica-cubana-ve-lingua-como-maior-desafio.shtml

(Médicos estrangeiros) Médicos iniciam curso de preparação sobre saúde pública e língua portuguesa

Nota sobre o texto abaixo: gostaria muito de saber qual o método milagroso de ensino de português que será usado quando os estrangeiros aprenderão português em apenas alguma semanas.
João
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Mais Médicos
Médicos iniciam curso de preparação sobre saúde pública e língua portuguesa

De A Tribuna On-line
A partir desta segunda-feira, tanto os médicos inscritos individualmente (brasileiros e estrangeiros), quanto os 400 cubanos contratados via acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), começam a participar do curso de preparação com aulas sobre saúde pública e língua portuguesa.

Após a aprovação nesta etapa, eles irão para os municípios. Os médicos formados no País iniciam o atendimento à população no dia 2 de setembro. Já os com diploma estrangeiro começam a trabalhar no dia 16 de setembro.

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sábado, 24 de agosto de 2013

Por que o Ministério Público proibiu escolas de idiomas de veicularem o termo “inglês em 18 meses” em suas propagandas

DIÁRIO DA MANHÃ
STEVEN BEGGS
O Ministério Público de São Paulo prestou um grande serviço ao ensino de idiomas no final do ano passado com o Termo de Ajustamento de Contrato (TAC), em que impedem com que escolas de idiomas divulguem o termo “inglês em 18 meses”, já que esta prática induz o consumidor ao erro por não assegurar as eventualidades do ensino, como maior ou menor empenho do aluno e a facilidade ou dificuldade de aprendizado por ele.

Prometer a fluência na língua em um período relativamente curto começou a ter destaque a partir de 2005, quando algumas escolas prometiam o ensino de idiomas em oito semanas. Tão rápido quanto surgiu, os cursos logo desapareceram, pela insatisfação do público ao verem que o método não correspondia ao que lhe foi vendido. A saída dessas escolas deu espaço para uma nova leva de instituições, que observando um nicho na necessidade de se falar inglês a qualquer custo, novamente basearam suas publicidades em oferecer um nível avançado de inglês, só que agora em um tempo mais aceitável, 12, 18 ou até 24 meses.
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quarta-feira, 14 de agosto de 2013

No sul do Pacífico, única língua crioula com base no alemão pode desaparecer

No sul do Pacífico, única língua crioula com base no alemão pode desaparecer

Em 1900, alunos de uma missão em Papua-Nova Guiné criaram um dialecto que mistura alemão e idioma local. Hoje, os poucos falantes do chamado Nosso Alemão são a prova viva de um capítulo pouco conhecido da história colonial.
Era o ano de 1900 na colónia da Nova Guiné Alemã, no Pacífico Sul. Numa aula de alemão, freiras missionárias mal podiam acreditar no que ouviam. De repente, os seus alunos começaram a balbuciar algumas palavras e frases truncadas. As irmãs tentaram corrigi-los, mas as crianças insistiam em falar a sua própria versão do idioma – o dialecto que passou a ser chamado de Nosso Alemão.

No final do século XIX, o império alemão exigia com veemência o seu «lugar ao sol», nas palavras do então ministro dos Negócios Estrangeiros, Bernhard von Bülow. Num discurso em 1897, o político afirmava, assim, a pretensão alemã de adquirir colónias.

Entretanto, grande parte do globo já havia sido distribuída por outras potências coloniais, como Inglaterra e França. Os alemães tiveram, então, que se contentar com o que havia sobrado, e acabaram por tomar posse de algumas das regiões então consideradas as menos atraentes no mundo. Entre elas estava o território administrado pela Companhia Alemã de Comércio de Nova Guiné, hoje Papua-Nova Guiné, que se tornou colónia do império germânico em 1899.

Sob o sol tropical, a paisagem local recebeu nomes como Novo Mecklemburgo, Nova Hanover ou Nova Pomerânia. A montanha mais alta da ilha foi baptizada de Monte Wilhelm, em alusão ao então imperador alemão, Wilhelm (Guilherme) II. A residência do governador ficava em Monte Herbert, Nova Pomerânia. Nos arredores da comunidade, estava a missão do Sagrado Coração, chamada de Vunapope, onde em 1900 crianças inventaram o Nosso Alemão.
As crianças que começaram a falar o Nosso Alemão não tinham uma vida fácil na missão. Os seus familiares pertenciam a povos e culturas diferentes. Os seus pais eram geralmente marinheiros ou oficiais alemães, enquanto as mães eram oriundas das tribos nativas. Os filhos desses relacionamentos, quase sempre passageiros, eram tidos como párias na sociedade local. Ainda assim, encontravam refúgio na missão Vunapope, onde deveriam ser criados como «bons cristãos» alemães.
As crianças rapidamente misturaram as palavras novas que aprendiam com o idioma local, o Tok Pisin, por sua vez uma combinação de línguas nativas com o inglês. O pronome pessoal «eu», que em alemão é «Ich», foi substituído pelo equivalente em inglês, «I», mas pronunciado com sotaque alemão («i» em vez de «ai»). Os artigos der (masculino), die (feminino) e das (neutro) do idioma alemão foram adaptados pelas crianças, tornando-se apenas der e de.
O Nosso Alemão continuou a ser a língua comum entre aqueles que haviam sido educados na missão. Já em idade adulta e casados entre si, eles transmitiam o novo idioma aos seus filhos.

Tal fenómeno não é algo isolado. Os linguistas chamam a forma de comunicação híbrida que surge com base no idioma dos colonizadores de línguas crioulas. As línguas crioulas formaram-se sobretudo na América do Sul, com adaptações locais dos idiomas espanhol, inglês e francês. O Nosso Alemão, no entanto, é a única língua crioula baseada no alemão, que serviu de língua materna para cerca de 2 mil pessoas.
Após o início da Primeira Guerra Mundial (1914-1918), a Nova Guiné Alemã foi ocupada pelos australianos. O Nosso Alemão continuou a ser falado, apesar dos livros de alemão terem sido substituídos pelos de inglês. O início do fim do idioma alemão dos mares do sul deu-se nos anos 1970, quando muitos dos seus falantes deixaram a ilha em busca de trabalho.

Hoje em dia, poucos dominam o idioma. O mais jovem dos nativos que fala a língua tem quase 70 anos de idade. O áudio gravado por investigadores com as vozes de falantes do Nosso Alemão como língua materna poderá, em breve, ser a última prova da invenção das crianças da missão alemã na Papua-Nova Guiné.

http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=650536

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Alemanha: Teste de alemão para cônjuges estrangeiros gera polêmica

ALEMANHA

Para receber direito de permanência, estrangeiros casados com alemães precisam comprovar conhecimentos básicos do idioma antes da mudança para o país. Comissão Europeia aponta exigência como violação das leis da UE.
A iraniana Asefe Weindlmayr queria mudar-se o mais rápido possível para Munique, no sul da Alemanha, para viver com seu marido alemão. Mas mesmo legalmente casada, ela teve a permanência no país negada pelo governo. O motivo foi a falta de domínio do idioma alemão.
De acordo com a lei de permanência da Alemanha, que entrou em vigor em 2007, homens e mulheres estrangeiros que desejam viver com seus maridos ou esposas no país têm que provar ao menos conhecimentos básicos da língua local. Weindlmayr, no entanto, sabia apenas algumas poucas palavras.
A iraniana havia trabalhado como gerente de projetos em uma empresa alemã em Teerã, onde conheceu seu futuro marido. Além do persa, a jovem de 26 anos falava também inglês e árabe. Ela tinha, portanto, boas condições de adquirir os conhecimentos de alemão necessários.

 Após passar no teste de alemão, Weindlmayr pôde viver com o marido em Munique
"Mas eu trabalhava em tempo integral, e a empresa exigia que eu viajasse muito", disse à DW. "Por isso, não conseguia frequentar um curso de alemão regularmente."
Weindlmayr tentou aprender o idioma por conta própria, após o expediente. Ela assistia a canais de televisão alemães e fazia os cursos online oferecidos pela DW. Após três meses de intensa preparação, decidiu realizar a prova de proficiência obrigatória para obter sua permanência no país.
"Eu estava sob muita pressão e estresse, porque sabia que era a minha única chance de conseguir viver com meu marido", conta. Mesmo assim, acabou se saindo bem no teste e, após outros três meses de espera, finalmente recebeu a documentação que lhe permitiu viajar para a Alemanha.
Violação das leis europeias
Para a Comissão Europeia, esse tipo de teste de idioma viola as leis da União Europeia (UE). Por isso, em maio deste ano, o órgão abriu um processo de violação contratual contra a Alemanha. Durante a fase inicial, o governo alemão teve o direito de se pronunciar a respeito.
Essencialmente, trata-se de uma questão de interpretação. De acordo com as regulamentações da UE sobre a reunião de famílias, os Estados-membros têm o direito de exigir de cônjuges estrangeiros certas "medidas de integração". Isso é exatamente o que o governo alemão afirma estar fazendo.
No entanto, segundo a advogada Swenja Gerhard, a lei alemã de permanência gera problemas a muitos casais. Gerhard trabalha para a Associação das Famílias e Parcerias Binacionais (IAF, na sigla em alemão), que desaprova a realização do teste de idioma obrigatório antes da entrada no país.
"Em muitos países, não há sequer a possibilidade de estudar em escolas de alemão", sustenta Gerhard. Segundo a advogada, muitas vezes a falta de acesso à eletricidade ou à internet também impede o aprendizado online do idioma. Além disso, muita gente tem dificuldade de aprender uma nova língua por conta própria.
Por isso, Gerhard defende que cursos de alemão obrigatórios sejam oferecidos na Alemanha. Segundo ela, essa medida seria mais efetiva e de fácil implementação. "Cursos de integração" já existem, mas como uma segunda etapa do processo, realizado somente após a comprovação dos conhecimentos básicos do idioma nos países de origem dos cônjuges estrangeiros.
Índice de aprovação nos testes varia por região
O Instituto Goethe, que oferece aulas de alemão em diversos países, viu aumentar significativamente a demanda por seus serviços desde a aprovação da lei de permanência em 2007.
"De repente, tínhamos uma nova e desconhecida tarefa em nossas mãos", diz Klaus-Thomas Frick, responsável por cônjuges estrangeiros no Instituto Goethe. "Trabalhar com esse novo público-alvo foi um desafio enorme, também em termos de métodos didáticos."
O índice de sucesso no teste de alemão varia de país para país. Em 2012, mais da metade dos que realizaram a prova em Bangladesh, Kosovo, Paquistão e Etiópia fracassou. Já na África do Sul, Croácia, Ucrânia e Rússia, mais de 80% foram aprovados.
Frick concorda que é muito difícil adquirir conhecimentos de alemão em algumas partes do mundo, mas defende a exigência do aprendizado do idioma antes da entrada do cônjuge estrangeiro no país.
A decisão final sobre a legalidade dos testes de alemão pode caber à Corte Europeia de Justiça. No entanto, esse processo já não preocupa mais a iraniana Weindlmayr, que já até encontrou trabalho em seu novo país.
DW.DE

fonte: http://www.dw.de/teste-de-alem%C3%A3o-para-c%C3%B4njuges-estrangeiros-gera-pol%C3%AAmica/a-17014302

domingo, 11 de agosto de 2013

A utopia do esperanto falado num castelo francês por jovens de todo o mundo

AFP 11/08/2013 -
Nascido há mais de um século, o esperanto só é falado por cerca de 100 mil em todo o mundo. Mas os seus defensores dizem que vai ser a língua-franca deste século.


A lingua é fácil para os europeus, diz Cyrille Hurstel FRANK PERRY/AFP

Educação


“Masko farado” ou “banado ce la lageto”? No parque de um castelo no coração da França, a chinesa Yuan-Yuan, de dez anos, e o francês Anaïs, com 14, discutem em esperanto qual será o programa que vão fazer à tarde, entoando naturalmente uma lingua nascida para ser universal mas que continua pouco utilizada.

De forma unânime, as 20 crianças que estão reunidas no castelo neo-renascentista Grésillon em Saint-Martin d’Arce, na comuna francesa Baugé-en-Anjou no centro do país, e que ali estão para o encontro internacional de jovens utilizadores de esperanto, finalmente optam pelo workshop de “fazer máscaras” em vez de “nadarem no lago”. O tempo fresco impôs a escolha.

“Metade destes jovens são ‘denaskulo’, que é o que se diz das pessoas em que uma das suas línguas maternas é o esperanto. O interesse é que aqui podem praticar a língua com outras crianças fora de um ambiente estritamente familiar”, diz Cyrille Hurstel, um dos organizadores deste encontro.

Mais de um século depois da criação de Ludwig Zamenhof, o esperanto espalhou-se pelo mundo, mas ainda está longe de ter alcançado a universalidade que o linguista polaco desejava. “Podemos dizer que alguns milhões de pessoas no mundo têm algumas noções de esperanto, mas há pouco mais de 100 mil a usá-lo diariamente”, diz Cyrille Hurstel.

Ao contrário de línguas como o hebreu, o filipino ou o suaíli, que floresceram depois de serem criadas ou recriadas, o “esperanto nunca foi capaz de se apoiar na estrutura oficial de um estado, apesar de duas resoluções das Nações Unidas a seu favor”, lamenta o engenheiro, que é certificado pelo programa quadro europeu de referência para as línguas do Conselho Europeu.

O esperanto está proposto nas escolas de apenas 25 países, da Índia à Albânia, passando pelos Estados Unidos e pela Hungria, onde é reconhecido nas universidades. E os seus defensores começam a ver finalmente uma lenta globalização.

A língua tem uma gramática simples e uma sintaxe que não contempla excepções. No entanto, consegue expressar todas as nuances do pensamento. É mais fácil de aprender que o inglês e, para os seus defensores, vai ser a língua-franca do século XXI. “Um chinês e um brasileiro que queiram fazer negócios ganham muito mais tempo em aprender o esperanto do que o inglês”, defende Cyrille Hurstel. Por isso, e “muito antes da Internet, o esperanto é uma óptima porta de entrada em qualquer país, quer para férias, quer para o negócio, porque [quem o falar] vai ser recebido como família pelos locais que falam a língua”, acrescenta.

No Castelo Grésillon, os jovens reúnem-se depois do “tagmango” (almoço) e comunicam uns com os outros sem barreiras. “É fixe poder falar com crianças de outros países nesta língua”, comenta Stella, uma adolescente alemã de 14 anos.

Para os pais, “o esperanto é uma forma relativamente fácil de dar aos filhos uma educação bilingue, que facilita a aquisição futura de outras línguas”, explica Cyrille Hurstel que, com a sua mulher, ensinou o esperanto às suas três filhas.

Esta língua começou a ser inventada na década de 1870 por Ludwig Zamenhof, que pertencia a uma família judia em Bialystok (uma cidade hoje situada no Nordeste da Polónia que na altura pertencia ao território russo), onde comunidades polacas, ídiche, russas e alemãs, conviviam com pouca conversa. O linguista construiu o esperanto a partir de elementos das línguas latinas, germânicas e eslavas.

“A língua é simples, principalmente para os europeus, mas não é simplista: há uns dias, fui corrigido por um participante chinês. Um dos aspectos interessantes é que um utilizador do esperanto não tem mais legitimidade do que outro utilizador”, conclui Cyrille Hurstel.

Fonte: http://www.publico.pt/sociedade/noticia/a-utopia-do-esperanto-falado-num-castelo-frances-por-jovens-de-todo-o-mundo-1602803

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Flórida: 27% falam segundo idioma, com forte avanço do espanhol

AFP - 

Mais de 27% da população da Flórida fala um segundo idioma depois do inglês, o que reflete o forte avanço do espanhol entre as segundas línguas faladas nos Estados Unidos, mostrou um censo realizado até 2011 e divulgado nesta terça-feira.
Os números da Flórida, estado que abriga comunidades de toda a parte da América Latina em suas cidades mais ao sul (de Orlando a Miami), apontam que cerca de 3,6 milhões de pessoas acima dos cinco anos falam espanhol (ou espanhol-crioulo) além do inglês, de acordo com o relatório do Escritório Nacional do Censo dos EUA.

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Moscou disponibilizará boletim de segurança em oito idiomas para turistas estrangeiros

 2013-08-06   cri
O vice-presidente da Comissão para o Turismo e Administração Hoteleira de Moscou, Olgi Mokhov, avançou que as autoridades municipais vão elaborar um boletim de segurança para turistas estrangeiros em oito idiomas: inglês, francês, alemão, italiano, espanhol, chinês, árabe e japonês.
O boletim dará dicas de segurança aos visitantes em diversas situações, nomeadamente na utilização dos transportes, nas deslocações a mercados e lojas, no aeroporto e estações ferroviárias. Constarão também do documento os contatos dos serviços básicos e departamentos de segurança da cidade, bem como frases de conversação básica em russo.

Mokhov revelou que será criado um sistema de supervisão antiterrorismo e defesa em hotéis, com o fim de defender os interesses dos turistas. Com este sistema, as informações relevantes para a segurança recolhidas pelos hotéis da cidade passarão diretamente às autoridades de Moscou.

Tradução: Catarina Wu

Revisão: Miguel Torres

fonte:

http://portuguese.cri.cn/1721/2013/08/06/1s170593.htm

domingo, 4 de agosto de 2013

Cursos de idiomas online têm mais 300 mil vagas

Nota sobre a notícia abaixo: O governo do Estado de S. Paulo vai gastar muito dinheiro para tentar impor os idiomas inglês e espanhol para a população brasileira (vejam o texto abaixo). Já está provado que esta política linguística (que também é imposta pelo Governo Federal) não tem dado resultados. Após anos tentando impor o idioma inglês para a população, são poucos os brasileiros que possuem fluência em inglês. Na verdade a maioria que consegue falar inglês são, geralmente os ricos, que podem passar uma temporada nos países de fala inglesa.
João
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Sáb, 03/08/13 -
Cursos de idiomas online têm mais 300 mil vagas

Anúncio foi feito nesta semana pelo governador Geraldo Alckmin

A partir deste mês, a Secretaria da Educação abre mais 300 mil vagas nos cursos de idiomas online para servidores da pasta. O anúncio foi feito nesta semana pelo goverandor Geraldo Alckmin. As inscriões podem ser feitas a partir de agosto. Durante o anúncio na última quarta-feira, 31 de agosto, Alckmin destacou que é "uma bela oportunidade para quem já tem algum conhecimento de inglês, que vai poder aprimorar. E quem ainda não tem, vai poder aprender uma segunda língua, seja o inglês ou o espanhol".


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Além das 300 mil vagas anunciadas, o Governo já disponibiliza 30 mil vagas para os alunos da rede estadual. A plataforma utilizada pelos servidores será a mesma dos estudantes. As aulas são realizadas por meio da Evesp (Escola Virtual de Programas Educacionais). Para garantir a acessibilidade de pessoas com deficiência visual ou auditiva, uma plataforma adaptada com recursos especiais estará disponível a partir do dia 1º de agosto.


A inscrição deve ser feita pela internet, no site da Evesp, dentro do Portal da Secretaria da Educação. As vagas são disponíveis em todo o Estado de São Paulo. O curso com direito a certificado terá a duração de um semestre e será dividido em oito módulos de 10 horas cada.


Do Portal do Governo do Estado

http://saopaulo.sp.gov.br/spnoticias/lenoticia.php?id=231256&c=6