Com a saída do Reino Unido, inglês pode deixar de ser uma das 24 línguas oficiais. Presidente da Comissão Europeia se antecipa e usa francês e alemão em sessão especial do Parlamento Europeu para debater o Brexit.
O Brexit – a saída do Reino Unido da União Europeia (UE) – pode significar também o fim do inglês como uma das línguas oficiais do bloco europeu.
A eurodeputada polonesa Danuta Hubner, presidente do Comitê de Assuntos Constitucionais do Parlamento Europeu, alertou nesta segunda-feira (27/06) que a saída do Reino Unido pode tirar o inglês da lista de 24 línguas oficiais.
Ciente disso ou não, o presidente da Comissão Europeia, o luxemburguês Jean-Claude Juncker, falou em francês e alemão, claramente evitando o inglês, durante a sessão especial do Parlamento Europeu para debater o Brexit, nesta terça-feira, em Bruxelas. Em outras ocasiões, ele costumava usar o inglês.
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Comentários e notícias sobre o esperanto, política linguística e comunicação internacional
quarta-feira, 29 de junho de 2016
segunda-feira, 27 de junho de 2016
E se o inglês deixar de ser língua oficial da União Europeia?
Danuta Hubner, em 2009, durante um encontro com o primeiro-ministro italiano
ANDREAS SOLARO/ GETTY IMAGES
O inglês é a língua mais falada na Europa (segunda no mundo) e, por isso mesmo, é o idioma principal das instituições europeias. No entanto, poderá deixar de ser uma das línguas oficiais. Com a saída do Reino Unido da UE, a presidente da Comissão dos Assuntos Constitucionais do Parlamento Europeu, Danuta Hubner, lembrou que o Brexit pode ser sinónimo de fim do inglês em Bruxelas.
“O inglês é a nossa língua oficial porque foi declarada pelo Reino Unido. Se não temos Reino Unido, não temos inglês”, disse em conferência de imprensa, esta segunda-feira, citada pela agência Reuters.
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ANDREAS SOLARO/ GETTY IMAGES
O inglês é a língua mais falada na Europa (segunda no mundo) e, por isso mesmo, é o idioma principal das instituições europeias. No entanto, poderá deixar de ser uma das línguas oficiais. Com a saída do Reino Unido da UE, a presidente da Comissão dos Assuntos Constitucionais do Parlamento Europeu, Danuta Hubner, lembrou que o Brexit pode ser sinónimo de fim do inglês em Bruxelas.
“O inglês é a nossa língua oficial porque foi declarada pelo Reino Unido. Se não temos Reino Unido, não temos inglês”, disse em conferência de imprensa, esta segunda-feira, citada pela agência Reuters.
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domingo, 26 de junho de 2016
'Abandonados' pelo Ocidente e perseguidos pelo Talebã: o duro destino dos tradutores no Afeganistão
Tradutores afegãos que trabalharam para as forças britânicas e americanas estão virando alvos do Talebã – por terem trabalhado para o "inimigo".
Muitos recorreram aos governos ocidentais em busca de refúgio, mas não foram atendidos.
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Muitos recorreram aos governos ocidentais em busca de refúgio, mas não foram atendidos.
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terça-feira, 14 de junho de 2016
Perder voo e idiomas são principais angústias em viagens de negócios
Em seguida vem a possibilidade de a bagagem ser perdida, perder documentos importantes e cancelamento de reuniões
RedaçãoE
Que existem vantagens e oportunidades nas viagens a trabalho, isso ninguém questiona. Mas uma pesquisa divulgada recentemente pela Booking.com revela que os viajantes de negócios muitas vezes também navegam por uma gama de preocupação e ansiedade – o que pode acontecer antes mesmo das reuniões importantes ou do próprio trabalho.
Segundo o estudo, 93% das pessoas (nove em cada dez) se sentem estressadas em algum momento da viagem. A pesquisa também apontou que o planejamento pré-viagem, reserva de hospedagem, decisão sobre transporte e gestão de despesas combinadas com a falta de tempo para dormir são as atividades que deixa os viajantes mais cansados e tensos.
O principal problema, segundo 36% dos 4.555 entrevistados, é perder um voo. A barreira com o idioma é a segunda principal causa de ansiedade numa viagem (...)
segunda-feira, 13 de junho de 2016
DIREITO CIVIL ATUAL -Traduttore, traditore: a crença ingênua do TRF-3 no Google Tradutor
3 de junho de 2016, 8h05
Por Guilherme Brenner Lucchesi
Recente decisão do Tribunal Regional Federal da 3ª Região reconheceu como válida a utilização da ferramenta Google Tradutor para a tradução de decisão judicial brasileira para idioma estrangeiro. O julgamento, proferido em sede de apelação criminal (Autos 0006151-21.2009.4.03.6119), discutia condenação de cidadão etíope preso em flagrante delito pelo envolvimento no envio ilegal de imigrantes africanos aos Estados Unidos, mediante a prática dos crimes de associação criminosa (artigo 288, CP), corrupção ativa (artigo 333, CP), falsificação de documento público (artigo 297, CP) e uso de documento falso (artigo 304, CP). Após condenação pelo juízo federal de primeiro grau, foi determinada a tradução da sentença para o idioma do réu, para que pudesse ter acesso a seu teor, diante da regra do Código de Processo Penal que determina a intimação pessoal do réu preso (artigo 392, I, CPP). No entanto, em vez de buscar “a obtenção de tradutor intérprete pelas vias mais convencionais”, amparando-se em determinação da Corregedoria Regional da Justiça Federal da 3ª Região (Expediente Administrativo 2011.01.0218 COGE), o juízo determinou que a tradução fosse feita pela ferramenta Google Tradutor, disponibilizada gratuitamente na internet.
Alegando ofensa às garantias constitucionais do contraditório e da ampla defesa, o réu etíope, em seu recurso, sustentou a nulidade da tradução feita pelo Google Tradutor. Sua alegação foi rejeitada de plano pelo tribunal, chamando atenção a argumentação utilizada. A fundamentação do voto restringiu-se a duas frases: a primeira, ressaltando o amparo da decisão recorrida na determinação da Corregedoria, a qual “determinou que a Secretaria providenciasse a tradução da sentença para o idioma do réu [...] através do ‘Google Tradutor’”; a segunda, argumentando que “eventual deficiência na tradução não causou prejuízo ao réu, na medida em que a Defensoria Pública da União apresentou razões de apelação pormenorizadas e abrangentes”.
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Por Guilherme Brenner Lucchesi
Recente decisão do Tribunal Regional Federal da 3ª Região reconheceu como válida a utilização da ferramenta Google Tradutor para a tradução de decisão judicial brasileira para idioma estrangeiro. O julgamento, proferido em sede de apelação criminal (Autos 0006151-21.2009.4.03.6119), discutia condenação de cidadão etíope preso em flagrante delito pelo envolvimento no envio ilegal de imigrantes africanos aos Estados Unidos, mediante a prática dos crimes de associação criminosa (artigo 288, CP), corrupção ativa (artigo 333, CP), falsificação de documento público (artigo 297, CP) e uso de documento falso (artigo 304, CP). Após condenação pelo juízo federal de primeiro grau, foi determinada a tradução da sentença para o idioma do réu, para que pudesse ter acesso a seu teor, diante da regra do Código de Processo Penal que determina a intimação pessoal do réu preso (artigo 392, I, CPP). No entanto, em vez de buscar “a obtenção de tradutor intérprete pelas vias mais convencionais”, amparando-se em determinação da Corregedoria Regional da Justiça Federal da 3ª Região (Expediente Administrativo 2011.01.0218 COGE), o juízo determinou que a tradução fosse feita pela ferramenta Google Tradutor, disponibilizada gratuitamente na internet.
Alegando ofensa às garantias constitucionais do contraditório e da ampla defesa, o réu etíope, em seu recurso, sustentou a nulidade da tradução feita pelo Google Tradutor. Sua alegação foi rejeitada de plano pelo tribunal, chamando atenção a argumentação utilizada. A fundamentação do voto restringiu-se a duas frases: a primeira, ressaltando o amparo da decisão recorrida na determinação da Corregedoria, a qual “determinou que a Secretaria providenciasse a tradução da sentença para o idioma do réu [...] através do ‘Google Tradutor’”; a segunda, argumentando que “eventual deficiência na tradução não causou prejuízo ao réu, na medida em que a Defensoria Pública da União apresentou razões de apelação pormenorizadas e abrangentes”.
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