quarta-feira, 26 de junho de 2013

Para trabalhar no Brasil, médicos estrangeiros precisam dominar idioma e cultura local, afirmam profissionais que atuam contra a aids

“O médico tem, que no mínimo, dominar a língua e conhecer a realidade brasileira, o que me parece que não será muito o perfil desses profissionais estrangeiros, que virão sem nenhum tipo de avaliação”, comentou. “

Para trabalhar no Brasil, médicos estrangeiros precisam dominar idioma e cultura local, afirmam profissionais que atuam contra a aids
26/06/2013 -

A vinda de médicos estrangeiros para atuar em regiões remotas do Brasil tem causado polêmica e dividido opiniões. Anunciada pelo Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e confirmada pela presidenta Dilma Rousseff, a ideia é trazer profissionais para atendimento básico de saúde. A Agência de Notícias da Aids conversou com profissionais que trabalham no enfrentamento da epidemia. Para eles, problemas de comunicação podem prejudicar o atendimento.

A infectologista Marinella Della Negra é contra a vinda de médicos estrangeiro, sem antes passarem por uma avaliação. “Esta decisão é política, imediatista e populista... Eu considero um absurdo”, afirmou. “O problema da saúde no Brasil não está na falta de médicos, mas nas condições estruturais de atendimento. Faltam materiais, remédios, aparelho de Raio X”, acrescentou.

Leia mais

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Jornada divide Rio por idiomas

07/06/2013
Peregrinos poderão assistir a missas na sua língua materna, seja o alemão ou o tcheco

CHRISTINA NASCIMENTO
Rio - O Rio vai ter missas em 20 idiomas na Jornada Mundial da Juventude. Isso significa que o estrangeiro que vier para o evento católico, que acontece entre os dias 23 e 28 de julho, poderá assistir a celebrações eucarísticas e palestras sobre temas ligados à Igreja em línguas como russo, alemão, tcheco, árabe e ucraniano.

Para facilitar a vida dos visitantes que vêm do exterior, foi feita uma divisão dos bairros da capital e dos municípios de Niterói, Nova Iguaçu, Nilópolis, São João de Meriti e Duque de Caxias.


Separação de catequeses por idiomas no Rio
Foto:  Arte: O Dia

Leia mais

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Português é 5ª língua mais falada na net

Dados divulgados pela União Internacional de Telecomunicações (UIT) apontam que a Língua Portuguesa é o quinto idioma mais usado nainternet, ficando atrás do inglês (565 milhões de usuários), do chinês (510 milhões), do espanhol (165 milhões) e do japonês (102,9 milhões). As informações são referentes ao ano de 2011.

Segundo a UIT, mais de 82,5 milhões de pessoas utilizam o idioma para se comunicar e navegar pela web.A pesquisa mostra o português à frente do alemão, do árabe, do francês, do russo e do coreano, perdendo para o japonês, pela diferença de 16,59 milhões de usuários. Para a organização, a justificativa para o aumento no número de usuários está na expansão da internet no Brasil nos últimos dez anos.

 Leia mais

sexta-feira, 31 de maio de 2013

Suíços se interessam por línguas estrangeiras

 LÍNGUA E TRABALHO
Suíços se interessam por línguas estrangeiras
Economia

O chinês é uma das línguas de interesse dos suíços atualmente (swissinfo)
Por Daniele Mariani, swissinfo.ch
31. Maio 2013 -

Chinês, russo, árabe ou outra. Na Suíça, cresce o interesse por esses idiomas. Saber expressar-se em uma dessas línguas “exóticas” representa algo mais no currículo, mesmo se a demanda do mercado de trabalho ainda é mínima.
Os idiomas abrem muitas portas. Na Suíça, todos ouviram desde criança os pais repetirem essa frase como um mantra. Ou seria por causa do plurilinguismo do país? O fato é que é raro encontrar no país alguém que não saiba exprimir-se em outro idioma, além da língua materna.

Há interesse não somente pelas línguas tradicionais. “O inglês continua naturalmente a língua que atrai o maior número de estudantes. Constato, porém, que há um interesse crescente por línguas como o chinês, o árabe e o russo. Os alunos aumentam constantemente. Os estudantes se dão conta que para seu futuro profissional é importante saber falar mais idiomas do que os clássicos como francês, italiano ou espanhol”, explica Petra Gekeler, diretora do centro de línguas da Universidade de Basileia (noroeste), fundado dez anos atrás e que ensina 18 idiomas.
Para o trabalho e para o lazer

A Escola Clube Migros, uma das mais importantes escolas particulares da Suíça, além das cinco línguas principais (francês, italiano, espanhol e inglês) tem cursos e outros 32 idiomas.

“Considerando as horas de aulas, essas línguas exóticas representam cerca de 8% do total. Nos últimos 12 meses, aumentou o número de alunos em russo, português, árabe, grego, japonês, chinês, sueco e turco”, afirma Daniela Canclini, responsável pelos cursos de outras línguas na coordenação da Escola Clube Migros. Ela não tem dados precisos por região em que o interesse por esses idiomas aumenta. “Não fazemos esse tipo de pesquisa, mas somente se os motivos são profissionais ou pessoais.”

Para poder exprimir-se em russo, chinês, árabe ou outra língua menos usual, uma estadia no estrangeiro é imprescindível. Com duas ou três horas de curso por semana, é difícil falar fluentemente essas línguas. “Nossos alunos de chinês, por exemplo, passam geralmente um ou dois semestres na China”, acrescenta Petra Gekeler.

Desde 2004, ano a partir do qual estão disponíveis as estatísticas da Escola Clube Migros, a demanda pelas línguas exóticas se mantém estável, com “ligeiro aumento pelo russo, o sueco, o chinês, o norueguês, o finlandês e o albanês”, continua Canclini, acrescentando que explosão prevista da procura pelo chinês não se confirmou.

No entanto, nos últimos anos, as escolas grandes e pequenas que propõem cursos dessas línguas se multiplicaram. Dois anos atrás, por exemplo, em Genebra foi aberto o Instituto Confucio, uma espécie de Sociedade Dante Alighieri chinês, e outros dois serão inaugurados brevemente em Basileia e Zurique. É sintomático o fato que diversas escolas públicas têm o chinês como matéria facultativa.
Demanda ainda contida

Mas qual é a demanda no mercado de trabalho? Para as pequenas e médias empresas, que representam 99% das 300 mil empresas ativas na Suíça, a Manpower – empresa especializada em recursos humanos – ainda não constatou grandes mudanças: “inglês, francês e alemão continuam prioritárias”. Ela observa uma forte progressão sobretudo do inglês, que tende a ser a língua franca em todo o território suíço.

Em contrapartida, a multinacional americana observou um aumento da demanda pelo russo e pelo chinês nos departamentos de serviço à clientela e de vendas por parte de empresas internacionais ou filiais, cujas sedes estão baseadas na China ou na Rússia. “Essa evolução existe sobretudo em cidades orientadas para clientes internacionais, como Genebra por exemplo. Por outro lado, é quase inexistente em cidades como Berna”, explica por escrito a Manpower. Além desses idiomas, há uma certa procura pelo espanhol e mais raramente pelo português, sueco, dinamarquês ou outras línguas orientais.

Quanto aos setores econômicos interessados em pessoas que falam línguas exóticas, a agência de emprego menciona, sem grande surpresa, a hotelaria, o turismo, luxo e o terciário a nível internacional (petróleo, trading).

Uma oferta pletórica

Do islandês ao hindi, passando pelo persa e o vietnamita, a oferta de cursos de língua na Suíça é muito grande. A Escola Clube Migros, por exemplo, tem cinco línguas principais (inglês, alemão, francês, italiano e espanhol) e 32 outros idiomas.

O centro de línguas da Universidade de Basileia ensina 18 idiomas, como por exemplo o Húngaro, o sueco e o swahili.
“O swahili foi introduzido a pedido dos etnólogos da nossa universidade que fazer pesquisas na África Oriental”, explica a diretora do centro Petra Gekeler.

Uma das particularidades do instituto é organizar cursos especializados de uma determinada língua, por exemplo, inglês para economistas, francês e italiano para médicos ou italiano para historiadores de arte. “A meu ver, essa especialização sempre foi um aspecto essencial e acho que no futuro vamos reforçar essa orientação, principalmente para o inglês”, explica Petra Gekeler.
Língua mas sobretudo cultura

“A demanda – precisa a Manpower – não se orienta unicamente pela língua, mas pela cultura do candidato, principalmente quanto à China”. Dito de outra maneira, as empresas procuram pessoas originarias do país em  questão e não suíços que aprenderam a língua.

Para a Manpower, isso significa recrutar gente no estrangeiro, o que não é fácil. As condições para obter uma permissão de trabalho para pessoas que não são da União Europeia nem da Associação Europeia de Libre Comércio são muito restritivas.

Considerando o fator cultural – acrescenta a multinacional – “para os cidadãos suíços é mais pertinente ter um bom nível de alemão, francês ou inglês, que continuam as línguas mais faladas na Suíça, e depois o italiano”. Em outras palavras, árabe, chinês, russo ou outro idioma são certamente uma vantagem no curriculum vitae.  Só que não se pode perder de vista o idioma vizinho.
Daniele Mariani, swissinfo.ch
Adaptação: Claudinê Gonçalves

http://www.swissinfo.ch/por/economia/Suicos_se_interessam_por_linguas_estrangeiras.html?link=tdj&cid=35938812

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Nação monoglota

Educação
Reportagem
Nação monoglota
O ensino de língua estrangeira no Brasil 
não ajuda a melhorar a baixa proficiência dos alunos
por Thais Paiva e Tory Oliveira — publicado 23/05/2013

Veronica Manevy

Alunos reclamam o conteúdo ultrapassado e aulas baseadas em tradução. Segundo Gretel, o professor acaba preso ao molde tradicional

Ver e rever o verbo to be. É assim que a estudante de construção civil, Mayara Ferreira, de 21 anos, define as aulas de inglês que teve durante o Ensino Fundamental e Médio, ambos cursados na rede pública. A estudante começou a ter aulas da língua estrangeira no sexto ano, mas a ausência de uma metodologia adequada e professores qualificados colaborou para que ela se formasse apenas com uma vaga noção do idioma. Entre suas principais queixas: a mesmice dos conteúdos, aulas baseadas na tradução e professores que pareciam não ligar para a evolução dos alunos. “Sempre gostei de estudar, mas as aulas de inglês não tinham credibilidade, era uma bagunça. No Ensino Médio, era comum os alunos saírem da sala quando ia ter  aula. A gente pensava “não vamos aprender nada mesmo, vai ser verbo to bede novo”.

O desinteresse não acontece apenas na escola pública. Aluno do primeiro ano do Ensino Médio, Felipe Pessanha, de 15 anos, sempre estudou em escolas particulares em Belo Horizonte. Ele conta que adquiriu mais conhecimento sobre a língua inglesa sozinho do que na escola: “As aulas serviam só para aprender o básico e, mesmo assim, muitos alunos saiam sem entender nada. Quem quisesse realmente aprender alguma coisa tinha de procurar um curso ou pesquisar sozinho”.

Leia mais

domingo, 19 de maio de 2013

Português é quinto idioma mais usado na internet


Com informações da Agência Brasil - 16/05/2013


Mais de 82,5 milhões de pessoas (3,9% do total) utilizam a língua portuguesa para se comunicar e navegar pela web.[Imagem: Wikipedia/Jeff Ogden]

Idiomas mais usados na internet

A língua portuguesa é o quinto idioma mais usado na internet, ficando atrás do inglês, do chinês, do espanhol e do japonês, segundo dados divulgados pela União Internacional de Telecomunicações (UIT).

De acordo a UIT, mais de 82,5 milhões de pessoas (3,9% do total) utilizam a língua portuguesa para se comunicar e navegar pela web.

Segundo a UIT, o crescimento do português se deve à expansão da internet no Brasil nos últimos dez anos.

Leia mais

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Ensinar outras línguas é um ótimo negócio


15/05/2013 14:00 Ensinar outras línguas é um ótimo negócio
Economia aquecida e instalação de multinacionais na região provocam um ‘boom’ nas salas de aula
MICHELE STELLA/AGÊNCIA BOM DIA
michele.stella@bomdiajundiai.com.br
O investimento em uma escola voltada especificamente ao ensino do inglês, há 16 anos, foi certeiro. Valéria Castiglioni já conhecia bem o mercado e vislumbrou uma boa oportunidade no Interior do Estado. Acreditou no desenvolvimento da região e só colheu bons resultados.

A média de 200 alunos conquistados pela Cultura Inglesa no início da empreitada se multiplicou. Hoje, são milhares e não somente centenas deles. A equipe de professores, formada por quatro pessoas inicialmente, também cresceu. São mais de 19 profissionais com vivência fora do país e que, frequentemente, participam de conferências e eventos internacionais para qualificação.
Leia mais

quinta-feira, 2 de maio de 2013

Mais da metade dos alunos que são patrocinados para estudar inglês não têm fluência


Por Redação
Pesquisa realizada pela consultoria brasileira BIRD Gestão Estratégica de Idiomas mostra que mais da metade dos alunos que fazem cursos de idioma patrocinados pelas empresas onde trabalham não tem proficiência. No ano passado, apenas 44,4% dos profissionais estudantes atingiram a meta.
Apesar de baixo, o resultado é cinco pontos percentuais acima do ano anterior. O estudo, feito desde 2003, usa os resultados de um universo de 7.957 diagnósticos de proficiência linguística de profissionais que atuam em empresas do setor financeiro.

A proficiência média caiu de 51,63% em 2004 para 44,4% em 2012, após atingir um pico em 2006. Depois de 2006 houve uma queda sistemática em todas as habilidades e uma retomada geral desde 2011. A queda da média mais alta, em 2005, para a mais baixa, em 2011, foi de 14,85 pontos. Em todo o período, de 2003 a 2012, a queda foi de 7,23 pontos.
 Fonte: Isto É Dinheiro

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Estudo em Portugal exige que alunos brasileiros dominem inglês


Comentário: a notícia abaixo é uma prova que o inglês não é e nunca foi um idioma internacional. Os brasileiros preferem  estudar em Portugal porque não sabem falar outros idiomas. Por outro lado, o submisso governo brasileiro prefere insistir em sua política linguística alinhada e subserviente aos interesses econômicos e geopolíticos dos EUA, que através da imposição do idioma inglês, obtém vantagens econômicas e políticas.
Enquanto isto, o esperanto comtinua sendo negligenciado por não ser bom para os donos do poder.
João
-------------------------------------------


29/04/13 -

Estudo em Portugal exige que alunos brasileiros dominem inglês
Fonte: Agência Brasil

O governo federal resolveu remanejar os estudantes selecionados pelo Programa Ciência sem Fronteiras que se candidataram a universidades portuguesas para outros países. Esses alunos estão sendo reencaminhados para os Estados Unidos, o Canada, a Austrália, o Reino Unido, a Irlanda, a Alemanha, a França e a Itália.

A razão anunciada pelo ministro da Educação Aloizio Mercadante é a necessidade de “estimular os jovens a falar mais uma língua, a conhecer e ter competência específica em outras culturas”.

Para o governo, a facilidade do mesmo idioma fez com que Portugal virasse o principal destino dos estudantes de graduação do Ciência sem Fronteiras no ano passado.

No entanto, há exemplos de diversos cursos em que é necessária a leitura e a fluência verbal em inglês, tanto na área de ciências exatas quanto na de humanas. “É preciso desmistificar que os alunos vão chegar aqui e ter todas as aulas em português. Boa parte da bibliografia é em inglês. Os livros na biblioteca, na maioria, estão em inglês. Na sala de aula, quando há um aluno [estrangeiro] que não fala português, a aula é ministrada em inglês”, explicou Francisco Alves Pinheiro, professor da Universidade Federal do Vale do São Francisco.

Segundo Sebastião Feyo de Azevedo, diretor da faculdade, há estudantes de 71 países na instituição, atraídos pela qualidade dos cursos. “A nossa política é ter cooperação internacional, particularmente com a Europa e com os países da lusofonia”, disse Azevedo à Agência Brasil dias antes da vinda do ministro Aloizio Mercadante a Portugal, em março. Enquanto o diretor dava entrevista, no auditório ao lado um estudante ensaiava a defesa de tese em inglês.

Além da Universidade do Porto, cuja Faculdade de Engenharia está entre as sete melhores no ranking oficial da União Europeia, há outros exemplos de internacionalização, como o Instituto Superior Técnico de Lisboa, com mil alunos estrangeiros, a Faculdade de Arquitetura e o Instituto Superior de Economia e Gestão (Iseg) da Universidade Técnica de Lisboa e o Instituto Universitário de Lisboa (Iscte).

Existem, inclusive, faculdades com o próprio nome em inglês, como a Aeronautical Sciences Academy da Universidade do Minho, a Global School of Law da Universidade Católica em Lisboa e a Nova School of Business and Economics (NBSE) da Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa, onde há 17 anos o ensino é em inglês.

Ter aulas em inglês ajudou a projeção internacional da NBSE, que está na lista das 30 melhores escolas de negócio da Europa, segundo a revista Financial Times. “Esta é a melhor maneira de trazer para o universo da língua portuguesa pessoas que, de outra maneira, nunca viriam. A base de escolha fica muito maior”, explica João Amaro de Matos, coordenador da School of Business and Economics, referindo-se à contratação de professores e à admissão de alunos estrangeiros. Um terço dos docentes e estudantes da NBSE é formado por estrangeiros.

A internacionalização das universidades de Portugal incrementa a exportação de serviços do país, fundamental neste período de crise econômica.“Em um país pequenino como Portugal, o número de empresas que podem empregar os alunos com alta capacidade é limitado. Cumprimos melhor o nosso papel na sociedade quanto mais alunos, quanto mais pessoas com competências conseguirmos colocar no mercado e quanto para mais empresas formos úteis”, disse Matos, defendendo a “abertura de espírito” quanto ao ensino em língua estrangeira.

Em Portugal, os alunos estudam dois idiomas estrangeiros desde o ensino fundamental e no ensino médio é facultado um terceiro idioma. Para Matos, a internacionalização dos cursos acadêmicos é vocação natural do país. “Não estamos no centro da Europa, mas no centro do mundo”.



http://www.ribeiraopretoonline.com.br/educacao-ribeirao-preto/estudo-em-portugal-exige-que-alunos-brasileiros-dominem-ingles/65652