sexta-feira, 13 de setembro de 2013

“É possível falar russo sem conseguir ler Dostoiévski”

13/09/2013 Aleksandra Kulikova, especial para Gazeta Russa
Poliglota, tradutor, psicolinguista e apresentador de TV, Dmítri Petrov reflete sobre as dificuldades de aprender a língua russa.
“É possível falar russo sem conseguir ler Dostoiévski”

Entusiasmo pela cultura russa leva ao interesse em relação à língua, aponta Petrov Foto: PhotoXPress

Gazeta Russa: Qual papel a psicologia desempenha na hora de aprender um novo idioma?
Dmítri Petrov: A aprendizagem de línguas envolve psicologia e matemática. A matemática está representada no idioma pelo conjunto de algoritmos básicos, e o aspecto psicológico é a superação de barreiras, a sensação de conforto, liberdade e satisfação. Em muitos alunos está presente a sensação de pânico, o medo de cometer um erro. Isso, muitas vezes, atrapalha mais do que as dificuldades objetivas relacionadas com a assimilação de novas informações.
GR: Quais motivações costumam levar uma pessoa a estudar a língua russa?
DP: Tenho experiência de ensinar russo para diplomatas e empresários de diferentes países. A motivação dessas pessoas é óbvia; o idioma é indispensável para que possam desenvolver o seu o trabalho. São o tipo de pessoa para as quais a carreira ou o negócio é a coisa mais importante na vida. Além disso, foi na Rússia que eles receberam a possibilidade de se desenvolver. Mas, não é raro acontecer de uma pessoa que nunca esteve em nosso país se interessar pelo estudo da língua russa. Neste caso, via de regra, trata-se do entusiasmo em relação à cultura russa, e depois surge o interesse em relação à língua.
A propósito, muitos estrangeiros ficam surpreendidos com a vida cultural na Rússia. Eles descobrem que neste país há muitos lugares interessantes além do Kremlin de Moscou e do Hermitage, em São Petersburgo. Eles acham estranho, com razão, o fato da Rússia não desenvolver o turismo em seu território de uma maneira mais ativa.

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